domingo, 3 de julho de 2011

Quarteto do Oriente Médio desestimula novas flotilhas para Gaza


NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Quarteto de negociadores da paz no Oriente Médio disse neste sábado estar preocupado com "condições insustentáveis" enfrentadas pela população da Faixa de Gaza, mas afirmou que o envio de novas flotilhas deve ser desencorajado.
Israel diz que seu bloqueio a Gaza tem como objetivo impedir a remessa de armas aos dirigentes do enclave - que está sob controle do grupo islâmico Hamas, considerado uma organização terrorista por países ocidentais. Os palestinos e seus defensores dizem que o bloqueio naval é ilegal e constitui uma punição coletiva ao 1,5 milhão de moradores da Faixa de Gaza.
O quarteto, formado pelos Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas, afirmou em um comunicado que "permanece preocupado com as condições insustentáveis enfrentadas pela população civil em Gaza, mas observa que esforços melhoraram as condições no último ano."

O Quarteto é representado pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e tinha entre os participantes das reuniões o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo sua página na Internet, o objetivo do grupo é buscar o fim do conflito israelo-palestino e levar estabilidade ao Oriente Médio.
No entanto, o comunicado diz que "consideravelmente, mais coisas têm de ser feitas para ampliar o fluxo de pessoas e mercadorias de e para a Faixa de Gaza, incluindo a liberalização do mercado no que se refere a materiais de construção, aço e cimento."

O comunicado do Quarteto afirma ainda reconhecer que Israel "tem legítimas preocupações com segurança que precisam ser salvaguardadas" e que está comprometido a trabalhar com Israel, Egito e a comunidade internacional para impedir o tráfico de armas e munições para Gaza.

O Quarteto faz um chamado a quem deseje entregar mercadorias ao povo de Gaza para que faça isso por meio dos "canais estabelecidos, de modo que sua carga possa ser inspecionada e transferida através dos postos de controle terrestres existentes."
Pelo segundo ano seguido, ativistas de vários países estão se reunindo no Mar Mediterrâneo, em várias embarcações, para planejar novo desafio ao bloqueio marítimo israelense ao território palestino.

Israel garante que não vai levantar bloqueio naval a Gaza

2010-06-13

O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou hoje, domingo, que não aprovará nenhuma medida destinada a levantar o bloqueio naval israelita à Faixa de Gaza.
Netanyahu rejeitou a recente proposta feita pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de Espanha, França e Itália para que inspectores europeus possam supervisionar no Chipre o carregamento de navios com destino à Faixa de Gaza com ajuda humanitária.
Israel argumenta que o bloqueio marítimo impede a entrada em Gaza, território controlado pelo movimento radical Hamas, de armas e munições que poderiam ser usadas pelas milícias palestinianas para atacar Israel.
A 1 de Junho, Israel atacou uma frota humanitária internacional pró-palestiniana que se dirigia a Gaza com o objectivo de quebrar o bloqueio, numa acção militar em que morreram oito activistas turcos e um cidadão norte-americano.
Nas vésperas de uma nova frota humanitária tentar alcançar o território palestiniano, desta vez enviada pelo Crescente Vermelho iraniano, Netanyahu disse aos ministros do seu partido, o conservador Likud, que "Israel vai continuar a impedir que navios se aproximem de Gaza".
O governante garantiu que outras nações da região também se opõem ao levantamento do bloqueio naval ao assegurar que "a chegada de navios directamente a Gaza é problemática, não só para nós, mas também para outras".

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