quinta-feira, 12 de julho de 2007

Dia-a-dia no Brasil


Uma menina de 12 anos foi protagonista ontem de um caso que denuncia a desestruturação que afeta principalmente famílias de origem humilde nas grandes cidades.

A garota foi obrigada a pular do terceiro andar do prédio onde mora, no Conjunto Califórnia III, também conhecido como Conjunto Via Expressa, na região Noroeste da capital, para fugir da própria mãe, a dona-de-casa S.B. de 31, que a ameaçava com uma faca. Vizinhos disseram que foram surpreendidos com a queda da menina. Em princípio, todos pensaram que a garota havia sofrido um acidente.

No entanto, quando era socorrida, mesmo se contorcendo em dores, ela disse que havia pulado a janela para não ser atacada pela mãe. S.B. foi presa em flagrante.

A menina foi socorrida no Hospital Odilon Behrens com fraturas nas costelas e escoriações e hematomas por todo o corpo. O cabo Juliano Costa foi até o apartamento onde a menina havia saltado a janela e se deparou com a mãe dela transtornada.

A mulher confessou que havia agredido a garota e outros três irmãos dela, mas afirmou que, "em momento algum peguei faca. Bati nos quatro com uma mangueira"A mulher é acusada ainda de surrar seus outros filhos de 13, 9 e 6 anos. S. B. disse que os filhos que apanharam ontem são frutos do seu primeiro casamento. Além deles, ela tem mais duas garotinhas, uma de 3 anos e um bebê de dez meses.

No fim do ano, a família vai aumentar, já que a mulher está grávida de cinco meses."As crianças foram à escola e os professores perceberam vergalhões no corpo deles", disse. S.B. ficou sem a guarda dos filhos durante um ano.

Depois, um juiz autorizou a entrega dos garotos à mãe. S. B. foi enquadrada no artigo 129 do Código Penal, que em seu parágrafo 9º prevê crime de lesão corporal causada por ascendentes. Se condenada, poderá ficar presa por até três anos.

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