domingo, 22 de julho de 2007

Impunidade e corrupção - I Gov. Ernesto Geisel

Vlado Herzog (Osijek, Croácia, 27 de junho de 1937São Paulo, Brasil, 25 de outubro de 1975) foi um jornalista e professor judeu nascido na Croácia (à época parte da Iugoslávia) e naturalizado brasileiro.
Filho de Zigmund e Zora Herzog - casal de judeus que, fugindo do nazismo, saiu da Europa em direção ao Brasil -, Vlado formou-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo em 1959, e depois de formado trabalhou em importantes órgãos de imprensa no Brasil (como por exemplo, O Estado de S. Paulo, onde resolveu passar a assinar "Vladimir" ao invés de Vlado pois acreditava que seu nome soava um tanto exótico) e três anos na BBC de Londres. Na década de 1970 assumiu a direção do departamento de telejornalismo da TV Cultura, de São Paulo.
Por força de seu trabalho como jornalista e sua inclinação ideológica comunista, ligado ao PCB, foi chamado à sede do Comando do II Exército, em São Paulo, para depoimento e encontrado morto na cela que ocupava no dia 25 de outubro de 1975. Embora a causa oficial do óbito seja suicídio por enforcamento, praticamente há consenso na sociedade brasileira, que ela resultou de tortura, com suspeição sobre servidores do DOI-CODI que teriam posto o corpo na posição encontrada, pois as fotos exibidas mostram Vlado enforcado. Porém, nas fotos divulgadas há várias inverossimilhanças. Uma delas é o fato de que ele se enforcou com um cinto, coisa que os prisioneiros do DOI-CODI não possuiam. Além disso, suas pernas estão dobradas e no seu pescoço há duas marcas de enforcamento, o que mostra que supostamente sua morte foi feita por estrangulamento.
Gerando uma onda de protestos de toda a imprensa mundial, mobilizando e iniciando um processo internacional em prol dos direitos humanos na América Latina, em especial no Brasil, a morte de Herzog pode ser vista como o início da abertura política.

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