quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O governo é dela e ela tem que ser firme. Disse Simon


Em pronunciamento nesta segunda-feira (8), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) sugeriu à presidente Dilma Rousseff que ela determine que toda e qualquer suspeita de irregularidade ou corrupção em seu governo seja investigada. Para o senador, a presidente precisa ser firme e determinada e não ceder a pressões políticas ou partidárias, independentemente do poder e força dos envolvidos. Ele citou como exemplo as recentes denúncias contra membros do Ministério da Agricultura, comandado pelo peemedebista Wagner Rossi.
- O governo é dela e ela tem que ser firme. Ela tem que ser enérgica. O que está acontecendo na pasta da Agricultura é sério. Se tiver que limpar tem que limpar! Quando vossa excelência diz que está enquadrando os ministros isso está certo, isso está correto - afirmou.
Na opinião de Simon, a presidente Dilma tem, até agora, agido a contento frente aos casos de irregularidades em seu governo, o que a diferencia de seus antecessores Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, Dilma precisa continuar no mesmo tom, determinando as investigações necessárias e afastando do governo "quem precisa ser afastado", mesmo que seja do PT ou do PMDB.
- O fato novo é que a Dilma tem tido coragem. A presidente Dilma tem que continuar assim. Que ela tenha coragem de fazer as coisas. Acho que ela precisa fazer - disse Simon ao afirmar que a presidente Dilma conta com o apoio de muitos parlamentares, do governo e da oposição, para continuar combatendo a corrupção.
Entretanto, Simon questionou a saída de Nelson Jobim do Ministério da Defesa. Para o senador, a presidente Dilma "agiu açodadamente" nesse caso. Simon elogiou a capacidade do ex-ministro e afirmou que Jobim exerceu de maneira competente todos os cargos que ocupou nos governos Fernando Henrique, Lula e Dilma. Ele acredita que Dilma agiu de maneira precipitada, pois, em sua opinião, Jobim não cometeu erros graves. O senador sugeriu também que Dilma tenha mais "jogo de cintura" daqui para frente.
Em apartes, os senadores Paulo Paim (PT-RS), Blairo Maggi (PR-MT) e Pedro Taques (PDT-MT) apoiaram e concordaram com o pronunciamento do colega gaúcho.
Para Paim, ao desejar que a presidente tenha um bom mandato no que se refere ao combate à corrupção, Simon está defendendo o país.
Maggi disse esperar que a presidente da República aja da mesma maneira com as denúncias contra a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como agiu frente às denúncias contra o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
- A atitude deve ser a mesma; a atitude que foi tomada no Dnit deve ser tomada na Conab. Presidente Dilma, continue no rumo e no ritmo em que a senhora está. Não estou criticando, mas também não posso aceitar dois pesos e duas medidas. Não é porque é o PMDB, o maior partido da Casa, que tem de ter um tratamento diferenciado. O que foi feito no Ministério dos Transportes deve ser feito no Ministério da Agricultura, como deve ser feito em qualquer outro ministério em que apareça denúncias - declarou Maggi.
Pedro Taques também disse apoiar a "faxina" que a presidente da República estaria promovendo em ministérios e outros órgãos.
- Não interessa o partido; porque partido não comete crime, quem comete crime, quem comete mal feito são as pessoas que fazem parte do partido. A causa de tudo isso é o verdadeiro aparelhamento do Estado por partidos políticos - afirmou Pedro Taques.

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