quinta-feira, 18 de março de 2010

Tesoureiro do PT será ouvido na CDH sobre caso Bancoop

Agencia Senado

Compradores de imóveis estiveram na comissão, que decide enviar senadores a São Paulo para avaliar situação da cooperativa, alvo de denúncias de desvio de recursos

Cristovam, entre Papaléo e Alvaro Dias: oposição garantiu quórum para votação
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) vai acompanhar o caso da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), acusada pelo Ministério Público de São Paulo de lesar associados e praticar fraudes que mascararam desvio de recursos para empresas dos próprios dirigentes e também para campanhas eleitorais do PT.

Pelo requerimento aprovado ontem, do senador Papaléo Paes (PSDB-AP), serão ouvidos pela comissão os principais citados nas investigações, a começar pelo ex-presidente da Bancoop, João Vaccari Neto, atual tesoureiro do partido.

Participaram da reunião cerca de 30 dirigentes de associações de compradores de imóveis prejudicados pela Bancoop, acompanhados de advogados. Ao fim, eles tiveram ainda a confirmação de que um grupo de senadores da CDH vai a São Paulo para avaliar a situação dos cooperados, após a aprovação de proposta do senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Além de Vaccari, devem ser ouvidos ainda o promotor José Carlos Blat, que conduziu as investigações, e Lúcio Bolonha Funaro, corretor de câmbio que intermediou operações para dirigentes da Bancoop. A pedido do presidente da CDH, Cristovam Buarque (PDT-DF), foi incluído entre os convidados o advogado da Bancoop Pedro Dallari.

A presença da oposição na reunião garantiu número para votação. Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou que as denúncias são graves e seria o caso de se instalar uma comissão parlamentar de inquérito, não fosse a resistência do governo "a qualquer investigação que alcance pessoas que são próximas", como seria Vaccari Neto.

– Qualquer pessoa séria, quando exposta a uma acusação, não precisa ser convocada: ela se apresenta. E CPI, aqui não adianta mais pedir. Estamos vendo a desmoralização desse instrumento e a preponderância da tática do silêncio – afirmou Arthur Virgílio.
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Cristovam Buarque
Heráclito Fortes

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