Fonte:http://www.adonaitv.com.br
Uma apreensão de material sem nota fiscal na cidade do Rio de Janeiro acabou revelando um esquema de desvio e comercialização de donativos. Um voluntário da Cruz Vermelha de Petrópolis foi apontado como o articulador das ações.
Na noite de quarta-feira (27), policiais da Delegacia de Inhaúma, no Rio de janeiro, suspeitaram de um caminhão de água que estava sendo descarregado em uma comunidade. O motorista, identificado como Vagner Willian, foi questionado sobre a nota fiscal do material e disse não possuir o documento e que ele comprou a mercadoria de um outro homem de nome Jurimar Valerio, que trabalhava na Cruz Vermelha de Petrópolis.
No caminhão foram apreendidos 750 fardos de garrafas de água de 1,5 litro cada e um de 360 sabonetes; material que teria sido desviado das doações que a Cruz Vermelha recebeu durante a tragédia na Região Serrana. Jurimar trabalhava como voluntário há 4 meses na instituição e era o responsável pelo controle de saída dos donativos.
Segundo o delegado Marcello Braga Maia, esse material teria saído da Cruz Vermelha como uma doação destinada à comunidade da Pavuna, no Rio de Janeiro, mas a quantidade encontrada pelos policiais era superior a específicada no termo de doação e, segundo a investigação, esse material não seria realmente doado e sim comercializado.
Jurimar foi encaminhado para a 44ª Delegacia de Polícia em Inhaúma para prestar mais informações, pois o inquérito foi iniciado no Rio. Durante a transferência, ele respondeu às perguntas alegando inocência. Com o episódio, o presidente da Cruz Vermelha, Douglas Souza de Oliveira, acredita que a instituição perderá a credibilidade perante a população.
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