sexta-feira, 21 de agosto de 2009

País convive com uma das maiores taxas de homicídio

Site do Senado Federal

O Brasil detém uma das maiores taxas de homicídios no mundo, com aproximadamente 48 mil mortes por ano. Nos últimos cinco anos, o número de crimes contra o patrimônio, espalhados pelas principais capitais, teve um crescimento médio de 23%. Esses dados, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, estão no texto-base da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg). O documento, elaborado pelo Ministério da Justiça com contribuições das entidades representadas no fórum preparatório e na comissão organizadora da 1ª Conseg, foi o ponto de partida para o debate nacional proposto pela conferência.
No texto, registra-se que o processo de constituição dos centros metropolitanos brasileiros foi acompanhado pelo aumento sensível das taxas de criminalidade, com roubos, sequestros, furtos e homicídios, afetando de maneira cada vez mais grave o cotidiano das grandes cidades do país. Outro dado citado no texto é o de que, entre os anos de 1980 e 2004, a taxa de homicídios praticamente triplicou: "Além de produzir um número alarmante de vítimas, o crescimento da criminalidade urbana carrega em si o aumento do medo e da sensação de insegurança, transforma o cotidiano das cidades e aparta, de maneira profunda, grupos sociais".
Também são lembrados os altos custos que os crimes representam para o país, como os valores gastos com o sistema de saúde, as perdas decorrentes do comprometimento da força produtiva e o afastamento de investimentos de determinadas regiões.
O texto-base acrescenta que, para completar o quadro, existe a percepção de que os níveis de violência alimentam a descrença e a desconfiança nas instituições. Essa circunstância, diz o documento, acaba por enfatizar estratégias privadas de resolução do problema.

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