quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cineasta brasileira diz ter imagens do massacre de ativistas



Fonte: G1 - Portal de noticias

Iara Lee falou à TV Globo ao chegar a Istambul, na Turquia.
Ela disse que cinegrafista costurou cartões de memória na cueca.

A cineasta brasileira Iara Lee, única brasileira entre os quase 600 ativistas que tentaram furar o bloqueio da Faixa de Gaza na última segunda-feira (31), contou em entrevista à TV Globo na Turquia que conseguiu imagens exclusivas da ação israelense que deixou nove mortos. "Conseguimos sair com um material de filmagem exclusivo, em definição alta. Nós éramos um dos únicos que tinham câmera profissional. [...] Então temos que voltar para os EUA e mostrar para o mundo inteiro", disse ela.
Lee contou que para furar a inspeção israelense, o cinegrafista costurou os três cartões de memória em sua cueca. A brasileira chegou na noite de quarta a Istambul, após ter ficado presa em Tel Aviv e ter sido deportada.
“Foi realmente surpreendente. Foi um 'Apocalipse Now' o que a gente presenciou e viveu esses últimos dias. Como se tivesse numa guerra declarada. Os israelenses entraram com equipamentos e armas como se fosse a 3º Guerra Mundial”, afirmou a brasileira à TV Globo.
A cineasta brasileira Iara Lee desembarca em Istambul.A cineasta brasileira Iara Lee desembarca em Istambul. (Foto: Káthia Mello)
O governo de Benjamin Netanyahu decidiu expulsar todos os militantes estrangeiros presos depois do violento ataque contra a frota humanitária internacional que se dirigia para Gaza. Após a pressão internacional, mesmo os que seriam processados foram libertados.
Israel argumentou que seus soldados agiram em legítima defesa, por terem sido agredidos com canos e facas pelos ativistas quando desciam de helicóptero no navio turco Mavi Marmara, na madrugada de segunda-feira.
mapa gaza 3.0Veja mapa da região. (Foto: Arte g1)
A frota de ativistas tentava furar o bloqueio que Israel impõe aos 1,5 milhão de habitantes da Faixa de Gaza, uma forma de pressão contra o governo do grupo islâmico Hamas.
Apesar de analistas terem apontado falhas táticas na operação, Barak elogiou a atuação dos soldados sob circunstâncias tão complicadas.
Com aval dos EUA, o Conselho de Segurança da ONU pediu uma investigação imparcial das mortes na frota humanitária, cujas embarcações e ativistas eram majoritariamente turcos.
Especula-se em Israel que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu irá nomear uma comissão judicial para determinar se os militares erraram ao não levarem em conta a resistência que os ativistas ofereceriam no Mavi Marmara.

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