quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Pizza!!!

Sergio Neumann


A pizza começou a ser preparada no Senador Federal!


Apesar das inúmeras tentativas dos homens de bem deste país em tentar chamar a voz da razão alguns dos funcionários públicos mais bem pagos deste país, a reunião ocorrida hoje no conselho de ética já deixou claro que a pizza será uma das mais putrefaças e horrendas para o povo brasileiro, mas que o pulador de cerca e aprendiz de Sáde, o Senador Renan Calheiros se sairá muito bem e quiçá mais forte desta luta.


O suplente de senador Welington Salgado - PMDB/MG pediu vistas ao relatorio, uma forma regimental de procrastinar, como eles falam, de atrasar os trabalhos deste conselho. Cabe aqui deixar claro de que a responsabilidade dos atos insano dos suplentes de senadores não devem ser imputados a quem os cometeu e sim a quem os conduziu ao cargo e neste caso, o Sr. Welington, como é suplente, não está nem ai para o povo, povo inclusive das Minas Gerais. Os atos repulsivos cometidos por ele devem ser responsabilidade do Sr. Ministro, Helio Costa que permitiu que o seu representante agisse de forma contra o povo e a favor dos poderosos.


Meus parabéns, Helio Costa!


A pizza deverá ser repartida entre o governo Lula e o PMDB, que comemorar/ao, assim como o PT fará hoje um jantar em homenagem aos ladrões José Dirceu, Delubio Soares e etc..., o PMDB também deverá fazer um jantar em algum dos sofisticados e caros restaurantes de Brasília ou de Alagoas, muito provavelmente pagos com o dinheiro do povo, mas isso é outra história, pois, já estamos acostumados a este roubo dos cofres públicos.


Valeu conselho de ética, pois, a lição que os "pais da pátria" nos deu hoje é que: Se és rico, roube a vontade, não haverá punição, mas se és pobre, então cale a boca e fique assim, pois, nós sabemos o que fazer com o seu dinheiro.




Até mais, se houver um amanhã.

Conselho de ética se reune

Sergio Neumann


O Senado e aqueles que o compõe mostra a sua cara!
A reunião do conselho de ética hoje, dia 30 de agosto de 2007, mostra claramente como anda a nossa política.
Nesta reunião, homens vistos pela população brasileira como "acima de qualquer suspeita" nós mostra claramente que há armação a favor do acusado, o nosso querido senador pulador de cerca, o Sr. Renan Calheiros. Enquanto os homens sérios deste país exigem que o voto seja claro e transparente para que a nossa nação possa ver quem é que está trabalhando para o engrandecimento do Brasil, o próprio presidente do conselho protela em divulgar como será este voto e que quer primeiro ouvir os relatórios para depois então decidir como irão votar os membros do conselho, se aberto ou secreto. Esta atitude mostra claramente um desejo escuso de direcionar os votos do conselho uma vez que, se o parecer for conclusivo e defina pela cassação do Sr. Calheiros, muito provavelmente o voto então será secreto obviamente para que aqueles patifes eleitos pela inocência do povo ou indicados, no caso de suplentes, pelo interesse de quem foi eleito. Caso o voto seja secreto esta claramente demonstrado que a política brasileira ainda não atingiu a maturidade que a nossa nação tanto anda carente e que talvez seja mais do que a hora de este povo novamente ir as ruas e lutar pelo seu direito mais do que sagrado de ter homens sérios e honestos, além de competentes frente a direção de nosso país.
Não há como aceitar que uma nação tenha a frente de seu povo, homens que precisam se esconder atrás do voto secreto.
A atitude de se ocultar atrás deste tipo de voto está claramente definida nas palavras do advogado de Renan Calheiros, o Senador Almeida Lima - PMDB/SE, quando na reunião ele disse: "Eu voto secretamente e depois, lá fora, não há nada que me impeça de dizer qual foi o meu voto" Isto é uma demonstração clara de que há no mínimo a vontade de se esconder e como estamos acostumados a políticos mentirem, este senador nos mostra claramente que não será diferente nesta hora também.
Acreditamos que os verdadeiros servidores públicos, dignos representantes da nação brasileira e deste povo ansioso pela verdade não ir´´a deixar que isto aconteça.
A reunião do conselho foi interrompida a pouco por ter se exaltado nada mais nada menos do que o advogado parlamentar de Renan Calheiros, mas que acreditamos e mantemos viva a chama da esperança de que, apesar das pauladas que anda tomando, a verdade prevalecerá.

Aguardamos o final desta novela e que não haja pizza no almoço de hoje.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Caros senhores!

Sergio Neumann
Caros Senadores,
Voto secreto em qualquer instancia só mostra para nós, povo brasileiro que os elegeu, que o corporativismo e companheirismo a que o senado federal está sujeito é realmente um fato e que é inútil querermos ainda que por apenas um segundo, acreditarmos na seriedade e competência dos senhores senadores.
Tal atitude só faz crescer a certeza de que a impunidade e a falta de vergonha na cara é grande em face a falta de caráter e verdade contidas naquelas frases hipócritas que cada um de vocês que apóiam o voto secreto gritavam nas ruas para conseguirem votos do povo, mas que agora, revestidos dos escudos palacianos e quiçá aboletados em altos numerários, se julgam melhores do que um pedinte que em uma porta bate pedindo um prato de comida para matar a sua fome.
Para mim, a diferença entre o mendigo na rua e um senador que deseja se esconder atrás do voto secreto é apenas que o mendigo me mostra os seus pesares e o senador me mostra o porque há o mendigo.

Vergonha na cara senhores!

É amanhã!!!

Sergio Neumann

É amanhã!

A comissão de ética do senado votará amanhã os pareceres dos relatores a respeito do Senador Renan Calheiros.

O coitadinho e amado senador pulador de cerca, não somente não abre mão do cargo de presidente da casa como faz uso dele com todas as suas prerrogativas a que este caso em especial lhe permite. O presidente sofre agora com a denúncia de que um alto funcionário do senado vinha sofrendo pressões para encaminhar pareceres de uma forma digamos assim, um tanto quanto suspeitas quando o caso Renan vai a debate.

É hora do povo exigir que seus empregados com altíssimos salários lá no planalto tenham vergonha na cara e tomem uma atitude digna de quem deseja sustentar o titulo de representante do povo e votem, votem com a conciência e com a hombridade que o cargo de senador da república exige. Que parem de se achar acima de tudo e de todos e que andem pelas ruas (aqueles que tiverem coragem para encarar o povo) e vejam nos rostos de um povo faminto e sedento, a vontade de verem as coisas neste país funcionarem.

Se Renam for culpado, o que eu acho mais provável, que ele seja condenado pelos seus atos e se inocente for, que esta inocência seja reconhecida e divulgada em sua maior amplitude possível, porém, que o trabalho do senado aconteça com seriedade e dedicação, com a mesma seriedade e dedicação a que cada um destes 81 senhores teve na hora de ir a rua e bradar gritos de ordem para angariarem votos deste povo que agora clama por justiça.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Seu dinheiro!

Sergio Neumann


Caros leitores,

Trago neste artigo um dado muito interessante. O Brasil do atual presidente tem duas economias bem diferentes. Uma é a do CPMF onde a Senadora petista Ideli Salvatti diz que o "O Brasil não pode ficar sem a CPMF, pois, não teria como bancar os programas de assistencialismo do governo federal" enquanto a outra economia, ah! sim, esta sobra dinheiro para a patifaria pública. imaginem que o presidente e seus cumplices aloprados conseguiram, com uma forte resistencia inclusive no proprio P.T. , ele conseguiram aprovar uma secretaria para disviar mais dinheiro público.

Agora com mais de 35 ministérios o governo conseguiu aumentar a largura da torneira pública ao criar 111 cargos comissionados, aqueles oonde não é preciso concurso público e sim ser amigo de alguem, e estes cargos possuem um salario bem convidativo de até R$10.040,00 (Dez Mil e quarenta Reais) tá bom pra vocês?

Para que o povo saiba quem permitiu este assalto aos cofres públicos e se lembrem de seus nomes nas proximas eleições, eu divulgo aqui os nomes dos senadores que votaram contra e a favor deste roubo:


Senadores contra a roubalheira:

01- Adelmir Santana DEM/DF

02- Alvaro Dias PSDB/PR

03- Arthur Virgilio PSDB/AM

04- Cesar borges DEM/BA

05- Cicero Lucena PSDB/PB

06- Cristovam Buarque PDT/DF

07- Eliseu Resende DEM/MG

08- Flavio Arns PT/PR ( uma luz!)

09- Heráclito Fortes DEM/PI

10- Jarbas Vasconcelos PMDB/PE

11- Jayme Campos DEM/MT

12- João tenorio PSDB/AL

13- Jonas Pinheiro Dem/MT

14- José Agripino DEM/RN

15- Lucia Vania PSDB/GO

16- Mão Santa PMDB/PI

17- Marco Maciel DEM/PE

18- Marconi Perillo PSDB/GO

19- Mario Couto PSDB/PA

20- Marisa Serrano PSDB/MS

21- Raimundo Colombo DEM/SC

22- Rosalba Ciarlini DEM/RN

23- Sergio Guerra PSDB/PE


Se absteve:


01- Mozarildo Cavalcanti PTB/RR



Senadores favor dos saques aos cofres públicos:

01- Almeida Lima PMDB/SE

02- Aloisio Mercadante PT/SP

03- Antonio Carlos Valadares PSB/SE

04- Augusto Botelho PT/RR

05- Decidio Amarál PT/MS

06- Eduardo Suplicy PT/SP

07- Epitácio Cafeteira PTB/MA

08- Expedito Junior PR/RO

09- Fatima Cleide PT/RO

10- Francisco Dorneles

11- Garibaldi Alves Filho PMDB/RN

12- Geraldo Mesquita PMDB/AC

13- Gilvam Borges PMDB/AP

14- Gim Argelo PTB/DF

15- Ideli Salvatti PT/SC

16- Jeferson Peres PDT-AM

17- João Pedro PT/AM

18- João Ribeiro PR/TO

19- João Vicente Claudino PTB/PI

20- Magno Malta PR/ES

21- Neuto do Conto PMDB/SC

22- Patricia Saboya PSB/CE

23- Paulo Paim PT/RS

24- Renato Casagrande PSB/ES

25- Romero Jucá PMDB/RR

26- Romeu Tuma DEM/SP (!)

27- Roseana Sarney PMDB/MA

28- Sergio Zambiasi PTB/RS

29- Siba Machado PT/AC

30- Tião Vianna PT/AC

31- Valdir Raupp PMDB/RO

32- Welington Salgado de Oliveira PMDB/MG


Estes são os responsáveis pelo governo gastar uma verdadeira fortuna para encher o caixa dos partidos ao empregar seus lacaios e enquanto isto, o povo sofre nas filas de hospitais públicos onde em alguns chega a faltar gaze e esparadrapos.

Lula viaja em um avião de mais de 50 bi e o povo morre nas estradas.

Lula cria secretaria para agradar ao PSB, partido que o apóia e enquanto isso, a CPMF tira dinheiro da dona de casa.
Lula cria cargos para seus cúmplices enquanto você ganha R$380,oo por mes e ele acha que está bom.
A Ministra do relaxa e goza diz que ela não vive com 8 mil por mês, mas o governo dela acha que você que se aposenta com R$380,00 é um privilegiado e que ganha muito.
Você ainda acredita nesta corja que ai está?

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Sergio Neumann

O Sonho acabou!


Em junho de 1972, eu vinha a este mundo, recém nascido e ainda sem dente, já ouvia meus pais dizendo que o Brasil era o país do futuro e que tudo ia bem. Lembro-me de que quando tinha cinco anos, minha mãe com um ar triste comunicou a mim e a meus irmãos que meu pai iria demorar alguns dias para voltar para casa. Com quase dez anos de idade eu descobri que minha mãe, minha santa mãe havia mentido para nós e que o o motivo de meu pai ter estado tanto tempo longe era na verdade por ele ter ido a luta contra o regime autoritário que havia se instalado em nosso país desde 1964. Na escola aprendia siglas e nomes que nem sempre sabia para que servia como por exemplo: OSPB, DOI-COD, SNI, na sala de minha casa ouvia nomes seguidos de adjetivos que tento por vezes esquecer tais como: Coubery (FDP) do couto e Silva, Geisel (assassino), Medici (matador) e assim por diante.
Em 1981, um acontecimento em Nova York, E.U.A. abalou o mundo, eu contava com quase dez anos e nem sabia quem era o John. Para mim era mais um daqueles yanques reacionários que havia morrido e que provocavam a desordem e a morte da classe operária absorvida em trabalhos arduos e que pouco tinham tempo para lutar por melhores dias para a nação.
Veio as diretas já, oh! que beleza ouvir um careca já idoso falando por horas em nome da democracia. Lembro-me de um comicio na Cinelandia, no Rio de Janeiro onde eu pela primeira vez vi personagens que fariam a política na década seguinte. Vi o "Velho" outra vez e por um segundo vi um filme passar por minha mente ao me lembrar de quando ele, hospedado em minha casa quando eu ainda era uma criança com pouco mais de quatro anos, aquele velho me disse que não temesse dizer o que penso pois só assim eu seria um soldado da liberdade. Vi um dos filhos de meu tio me pedir para não comentar com ninguém que eu o havia visto ali, pois o seu pai, um dos coronéis do exercito brasileiro metidos em torturas e assassinatos no Brasil poderia tomar alguma atitude contra o próprio filho dado ao fato de ser este senhor um tanto Caxias. Ouvi um operário falar e suas palavras encheram o meu coração de esperança, esperança esta que nem mesmo o "Cavaleiro da esperança" quando esteve escondido em minha casa conseguiu fazer brotar em meu coração. Suas palavras vinham carregadas de todos os sentimentos de amor, nacionalismo, brasilidade e amor a raça humana que eu sempre quis ouvir, que eu sempre achei que seria o melhor para o meu país.
Aquele barbudo quem é? Eu perguntei ao meu pai e este me respondeu: Este ai é um líder meu filho, um lider e que levará a classe operaria do Brasil a um patamar de igualdade e solidariedade jamais vista no mundo meu filho. Este barbudo ai saiu lá do nordeste e foi para São Paulo, lá ele trabalhou para que o trabalhador brasileiro tivesse a dignidade e reconhecimento que ele merece e este barbudo meu filho, quando ele chegar a presidência do Brasil ele fará com que tenha valido a pena tantos anos de dor, de sofrimento a que nós temos passado ao lutar pela redemocratização do Brasil!
Ouvindo meu pai falar isto eu então, com o peito estufado dei gritos de ordem entoando o coro de jovens que gritavam: Diretas Já!!! O povo unido jamais será vencido!!! Lula e o povo construirá um Brasil novo!!! E por ai vai.
Veio o caçador de marajás. Nós ficamos meio confusos pois ainda não tínhamos engolido muito bem a morte do mineiro Tancredo Neves, quando caiu o Helicóptero matando o Ulisses também só aumentou a nossa angústia dai o Collor meteu os pés pelas mãos e nós vimos que era a hora mas...não deu. Assumiu a presidencia o Senhor Fernando Henrique Cardoso. Eu era um comunista, vermelho até na alma e o FHC estava sendo atacado pelo meu partido, porém, eu o tinha visto lá na cinelandia e foi ele quem evitou que eu e meu pai levasse uma surra da policia ao abrir a porta do carro dele e nos fazer entrar evitando assim que os três ou quatro homens da policia infiltrados na multidão nos pegassem e ele nem sabia quem era eu e acho que não sabia que estava pondo dentro de seu carro o presidente do partido comunista brasileiro. Eu então vi que não estávamos julgando as atitudes das pessoas e sim, nós estavamos fazendo apologia ao que era bom tinha que vir do partido se não, então era ruim e por isso eu decidi sair do partido e mudar alguns de meus conceitos quanto a política brasileira.
Dai acabou o governo FHC e aquele barbudo que havia inflamado o meu coração com aquelas esperanças em 1984 assumiu o poder. Eu gritei vivas e por dentro o meu coração explodia de alegria e contentamento pois sabia que enfim havia chegado a nossa hora. O povo brasileiro enfim seria respeitado e teria melhores condições de vida. Meu pai não iria morrer sem ver que valeu a pena e eu cheguei a sonhar acordado com o dia em que eu iria ter com meu pai e lhe dizer: Lembra da cinelandia meu pai? O senhor estava certo! Valeu a pena meu pai, valeu a pena! Obrigado por ter lutado tanto, ter pego em armas para assaltar bancos e assim levantar verbas para a luta armada pois agora temos o futuro brilhante pela frente e este futuro tem no comando um bravo homem.
Passou um ano, nada.
Passou dois anos, vieram os primeiros escândalos.
Passou três anos e comecei a ver que havia algo de errado.
Ao final do quarto ano eu já tinha a certeza. meu sonho foi como o de qualquer criança que sonha em voar e ir até as estrelas. Vi o meu sonho de um país mais digno dos seus era apenas uma utopia e que aquele barbudo não só havia me traído como também ele havia roubado os meus sonhos. tal como Adolf Hitler matou milhões, este que havia enchido o meu coração de esperança, havia assassinado os meus sonhos de que eu veria um país com ética e com moral, com dignidade e com trabalho.
A direita brasileira sempre me disse que era contra a mim e a meus sonhos mas este que ai está, traiu toda uma história de vida dele, do povo que o apoiou e de verdadeiros heróis que tentaram fazer deste país uma nação.

Obrigado presidente traidor!!!

Senadora da diploma de burro!!!

Sergio Neumann




Senadora Ideli Salvatti PT/SC chama a população brasileira de "Burra" em seu pronunciamento hoje no senado federal ao dizer que a CPMF cobra mais dos ricos e beneficia os pobres da nação.


Como o nosso intuito em nenhum momento é o de apenas criticar e sim contribuir para o engrandecimento da nação, nós aqui agora, iremos mostrar como a CPMF rouba o bolso dos pobres do Brasil:
Minha mãe, D. Ruth tem 76 anos de idade e recebe esta aposentadoria "fantástica" deste governo "maravilhoso" que ai está, ela que trabalhou a vida toda como costureira recebe hoje R$380.00 de aposentadoria (os aloprados "DS's" do PT ganham R$10.040,00 por mês mas...). Ela recebe este dinheiro e vai ao Banco Bradesco, um banco seguro e que não há o perigo de roubarem o dinheiro dela como já aconteceu com outras instituições como por exemplo a Caixa Económica Federal, que se negou a dar a ela uma cópia do contrato de empréstimo consignado feito por ela e que eu tive que ir com a policia até a agência para pegar o dito contrato.
No dia seguinte ao pagamento ela se dirige ao supermercado para fazer compras e suas compras, como ela é pobre e reside sozinha, as compras saem por uns R$190,00 que sem ela saber, já está inserida ali a CPMF com um valor de x0.38% é igual a: R$0,72. Ela então se dirige a farmácia para comprar seus remédios que curiosamente nunca tem na farmacia do povo do Lula e então ela paga R$ 95,00 com uma CPMF de R$0,3. Ela então vai a casa lotérica para pagar contas de agua, Luz, Telefone dando um total de R$98,00 com uma CPMF de R$0,37. Somando todas as CPMF's que ela paga dá um total de : R$1,39. Somando as contas que ela pagou temos um resultado de : R$383,00 + R$1,39 = R$384,39 ou seja, ela fica devendo todo mês a alguém com a ajuda da CPMF.
Ideli! Vai a escola estudar matemática e por favor, pelo amor de Deus senadora. Parem de roubar o dinheiro do povo brasileiro e passem a governar de verdade para o povo brasileiro e não para este bando de ladrões parasitas da nação que vocês tanto defendem e querem tanto proteger.
Porque Vsª. Exª. não dá o exemplo e exige que a articulação faça com o ladrão do José Dirceu e o Pilantra do Palloci, o mesmo que vocês fizeram com a Eloisa Helena, ela não roubou o dinheiro do povo não, ela apenas defendeu aquilo que vocês petistas batiam no peito e que agora mostra claramente que não fazem e não seguem o que vocês mesmos pregam.
José Dirceu e Palloci, Cadeia Já!!!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Cuidado!!!

Sergio Neumann


Cuidado!!!

Caro Senador petista e ex-PSDB, Senador Flávio Arns.
Cuidado com o que a direção da gang denominada Partido dos Trabalhadores a qual Vsª. Exª. está filiado vai fazer com sua pessoa após a sua atitude ímpar no seu partido, mas que merece do povo brasileiro, povo este que o elegeu todo o apreço e sorte de elogios, pois, discordar, ainda que do próprio partido, apesar de não ser pratica atual do PT, discordar é uma atitude democrática e que merece respeito.
Nós sabemos que o PT não respeita a democracia de pensamento e que a célula do partido denominada "articulação" não perdoa a seus dissidentes . basta lembrarmos o que foi feito com a integra e honesta senadora pelo PT, a Srª. Eloisa Helena, lembra?
Pois bem. Hoje no senado, Vsª. Exª. mostrou claramente a população brasileira que o seu partido, mais uma vez, está tentando furtar o erário público e homenagear o bolso de seus parceiros na roubalheira palaciana.
É com imenso pesar que vejo a boa índole e a honestidade irem mais uma vez para o buraco, porém, tenha a certeza de que um dia esta farra irá acabar e os facinoras de agora serão os hospedes carcerário de amanhã.
Saudações senador!

Obstrução!

Sergio Neumann
Obstrução! De acordo com o "pai dos burros", o dicionário para quem não sabe, obstrução quer dizer: ato ou efeito de obstruir. Obstruir, no mesmo dicionário refere-se a: Fechar, Tapar, Impedir com obstáculos a passagem ou circulação, impedir, estorvar.
Ao declararem-se em "Obstrução", o Partido Democratas e o PSDB em nenhum momento está agindo contra a nação brasileira e o seu sistema democrático, pelo contrário, estes partidos estão fazendo uso de um argumento legitimo e regimental. A diferença e ai é uma grande diferença, é que o atual governo e seus aloprados, acostumados a fazerem uso de atitudes pouco ortodoxas e muito menos democráticas como as acontecidas hoje nas Minas Gerais, onde o braço petista do MST invadiu a sede da Vale do Rio Doce e tornou reféns alguns dos seus diretores.

É digno de serem elogiados e axautados os senadores destes dois partidos que se colocaram em obstrução, se não apenas pelo clamor do povo brasileiro que anseia por um desfecho justo deste episódio a qual o principal ator é o presidente da casa, eles merecem elogios pela coragem de exporem-se a uma midia cruel e ambígua quando ao tomarem a única atitude democrática e regimental a que tem direito de fazerem para evitar que mais uma vez o parlamento brasileiro vire uma enorme pizzaria, alguns colegas da imprensa venham a acusalos de retardarem o processo democrático. Não há democracia sem honestidade e por isso, é preciso de que os lideres José Agripino e Arthur Virgilio mantenham-se firmes na decisão para que o povo não venha a pagar mais esta conta dos senhores feudais instalados em Brasília.
O Presidente do Senado já tem um advogado voraz e peço a Deus que ele seja inocentado, pois caso não seja, meu querido senador Almeida Lima - PMDB/SE, Vsª Decadência não só estará manchando a sua biografia (idiota), mas também estará jogando na lama esta sigla de homens bravos e de brasileiros dignos.

Se houve ou não irregularidades financeiras por parte do cliente do Senador Almeida Lima, nós ficaremos sabendo apenas dentro de alguns dias, porém, o que já sabemos é que se o Senador Renan Calheiros não é fiel a sua esposa, se ele não merece a confiança da mulher que deitou-se debaixo dele por tantos anos, se ele foi capaz de ir ter com outra mulher e nesta traição ele foi burro o suficiente para não se preservar e permitir que desta deslealdade aos laços sagrados do matrimonio surgisse um filho, quem é capaz de assegurar que esta anta alagoana é digna de defender um povo que ele sequer conhece? Quem pode assegurar que ele irá defender a instituição que, por conta dos votos que o povo o concedeu (e que ele se mostrou indigno) irá defender com lealdade e distinção?
Renan Calheiros inocente ou não das acusações que recai sobre ele por hora ainda na comissão de inquérito do senado é indiscutivelmente incapaz de seguir frente a presidência desta egrégia casa por ter se mostrado infiel, indigno e incapaz de agir como homem público e funcionário público a serviço do povo, pois, que não se enganem com este papo de "Pais da Pátria" e "Vossas Exelencias" como estão acostumados a serem chamados estes senhores. Enquanto o povo brasileiro não se tocar de que políticos são funcionários do povo, nós homens que trabalhamos e pagamos as nossas contas seremos obrigados a vermos o dinheiro de nossos impostos ao invés de irem para aquilo a que se destinam continuarão sendo endereçados a filhos bastardos e contas caribenhas.
A vaca do Renan talvez vá pro brejo, mas a vaca magerrima do povo brasileiro a muito morreu de fome e não aguentamos mais tamanha impunidade e verdadeiros diplomas de otários a que temos recebido durante estes últimos anos de corrupção, fome, miséria e prostituição a que o povo brasileiro está entregue.
Ética, Moral e Ombridade!!!

sábado, 18 de agosto de 2007

Quero meu Brasil de volta!

Sergio Neumann
Sei que muitos de meus leitores me chamam de exagerado e até mesmo que aumento as coisas, mas diante da atual politica do governo brasileiro, somente um louco ou um apadrinhado destes aloprados podem achar que não há motivos para nos alarmarmos.
Até hoje, a única nação que fazia o Brasil abaixar a cabeça era a nossa propia nação. Nós só nos rendíamos a nós mesmos. Respeitávamos o direito soberano de cada nação mas exigíamos e lutávamos para que a nossa fosse respeitada.
Buscando em nossa historia algum precedente de quebra de nossa soberania, leitor algum irá encontrar atos iguais ou quiçá parecidos com os que andam acontecendo atualmente com este senhor na presidência.
Quando Portugal, nossa nação mãe tentou nos subjugar com suas derramas sucessivas, o sangue brasileiro ferveu e surgiu os inconfidentes. Começava ali a luta por nossa independência, liberdade esta que foi conseguida sob o comando de um brasileiro de alma e espírito, um nobre nas atitudes e digno do titulo de defensor perpétuo do Brasil. A espada empunhada no Ipiranga por D. Pedro guiou os brasileiros rumo a sua tão sonhada grandeza. O então D. Pedro I manteve a unidade nacional, deixando ir-se apenas o território que não fazia parte de nossa cultura e que ao se ver livre, o Uruguay se tornou uma das nações mais amigas do Brasil. Quando Solano Lopes, ditador paraguaio quis adquirir nosso território, o Brasil sob o comando de homens de fibra como D. Pedro II e Duque de Caxias soube conduzir o Paraguai ao seu devido lugar. Ainda com D. Pedro II a frente de nossa nação, a Inglaterra foi forçada a nos pedir desculpas pelo erro de seu embaixador Christie. Quando a mesma Inglaterra quis se apoderar de nossas ilhas de Trindade e Martin Váz, o Brasil novamente soube agir e ai estão estas pequenas faixas de terra presentes no nosso território e sob nossa soberania.
Em Petrópolis, no ano de 1903, o patrono da nossa faculdade de diplomacia, o Instituto Rio Branco, Barão e Primeiro do Império, assinava um tratado pondo fim as disputas pelas terras que hoje formam o Estado do Ácre.
Quando a Inglaterra entrou em guerra com a Argentina, a força aérea brasileira disse não a invasão de nosso espaço aéreo e fez pousar os caças da Roiyal Air Force, na base de Campos Afonsos, no Rio de Janeiro. Quando a Venezuela tentou se apoderar de uma faixa de terra fronteiriça a aquele país, tínhamos no comando de nossa nação valorosos homens de fibra e de inteligência que souberam impor a vontade de nossa nação e nenhum grão da terra brasilis se foi para o estrangeiro.
Agora com o atual desgoverno que ai está, o que podemos ver, e é um fato e contra fato não há argumento, é que o Brasil não é mais uma nação, o nosso Brasil não é sequer dono de si mesmo. O que o Presidente Lula está mostrando a todos nós brasileiros é que ele não sabe ou não quer fazer com que o Brasil seja a grande nação que o nosso hino nacional a anos nos faz sonhar.
Eu estive por 46 dias em território boliviano, não fui lá como turista e sim como viajante. Percorri cidades onde pude ver como vive o povo daquele país. Conheci seus desejos e seus anseios.
O Brasil perdeu milhões de dólares dando de presente duas refinarias de ultima geração para aquele país? Enquanto isso pagamos a gasolina mais cara da América do Sul, mas tudo bem, já perdemos esta e não vamos ressuscitar isto. Agora o Índio boliviano, frente a incapacidade diplomática (não por falta de bons diplomatas, mas sim por falta de governo) viu que é fácil diminuir o Brasil. Como bem disse um professor da UnB, o tom de voz da Bolívia com o Chile não é tão forte quanto conosco. Os bolivianos sabem que o Chile não se cala diante de ingerências e que lá a coisa é diferente.
Enquanto o Lula gasta milhões com valérios, deputados e propaganda (lembrem-se que o Ministro da Propaganda de Adolf Hitler dizia que uma mentira repetida vira uma verdade) a Bolívia vai ditando as regras do jogo.
O Brasil precisa construir nove hidroeletricas na região amazónica. Duas já foram autorizadas por todos os órgãos competentes nacionais (Brasil), mas estas usinas estão só no papel porque o país vizinho disse que não pode! É isto mesmo leitores., ela disse "Não pode" O governo que sabe muito bem obedecer irá mais uma vez destruir o sonho de sermos uma nação rica e prospera porque a Bolívia, um país de merda, que não tem sequer o que comer, que só da França, eles recebem mais de 30 Ton. de grãos como forma de ajuda humanitária a seus famélicos e que além de cocaína, maconha e maiz (milho) a única coisa que tem lá é gas natural (GLP e GNV), fome, miséria e um exercito corrupto ganha dinheiro nas fronteiras bolivianas fazendo contrabando de diversos produtos (Relatório do D.E.A., orgão dos E.U.A. que a anos vêm combatendo o narcotrafico em território boliviano e que em 1995, eu tive a oportunidade de conversar com um de seus agentes na cidade de Oruro, onde foram aprendidos algumas toneladas de cocaina em uma residencia de um oficial do exercito deste país andino. Este país é que manda no nosso! Dá para acreditar?
O governo petista esta ai fazendo merda atrás de merda e ninguém faz nada!
Há homens dignos e honesto em nossa politica, homens como Pedro Simon, Mão Santa, Arthur Virgilio, José Agripino, Demostenes Torres, Marcos Maciel, Alvaro Dias e tantos outros que esta lista seria imensa. Clamo a estes senhores para que olhem para a nossa bandeira e reflitam: É este país que nós juramos defender?
Fernando Collor era mais brasileiro do que esta ameba que agora reside no palácio do planalto.
Fernando Henrique foi mais homem a frente de nosso país do que este analfabeto e seus aloprados.
As forças armadas, este exercito brasileiro, herói de Monte Castelo e de Nhu-Guassu (Campo Grande). Este exercito que anseio pelo retorno de seus dias de gloria. Senhores militares, mostrem seu valor, defendam o Brasil! Antes que o exercito de famintos do país vizinho o faça.
Não me lembro de nenhuma intervenção territorial americana aqui no Brasil e o PT sempre dizia que éramos submissos aos "Yanques" e agora PT? E agora o que vocês tem a dizer sobre a submissão a Bolívia?
Quero o meu Brasil de volta. Quero aquele país que buscava a paz sempre, mas que não tremia diante da luta e que se fazia respeitar.
Quero aquela nação que onde quer que um dos seus fosse, que o povo dizia: "O Brasil é um país digno e nós gostamos do Brasil!"
Queremos o Brasil de Volta!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Traidor do povo!

Sergio Neumann
É muito interessante que o povo brasileiro saiba os dois lados da moeda e que cada lado assuma a sua verdadeira identidade.
O Senador Flavio Arns - PT/PR era no governo FHC, senador pelo PSDB e agora defende o governo Lula ao atuar junto as fileiras de "aloprados" daquela gang que atende pelo nome de PT. É no mínimo de se estranhar, pois, será que se o proximo presidente for do partido dos aposentados da nação, o Sr. Senador Arns irá se filiar a este partido também ou será que é pela mamata proporcionada pelo PT que este senhor foi para o PT?
O mesmo PT acima citado, quando houve a primeira prorrogação de CPMF ainda no governo FHC era totalmente contrario e dizia inclusive que a CPMF era na verdade mais uma "Derrama" e que o povo brasileiro não suportava mais mas, agora depois dos desgovernos aloprados, é perfeitamente aceitável que esta gang diga que a CPMF é necessária e que o Brasil não pode ficar sem ela. Isso para mim é demagogia, hipocrisia, falta de vergonha na cara, patifaria, chance de roubar mais 36 bi do erário público e etc...
Ouvi estes dias na TV Senado, tv que sou fiel telespectador, um senador dizer que: O que é bom neste governo não é novo e o que é novo neste governo não é bom. Eu concordo em parte porém, é preciso que o povo saiba que o governo do atual presidente é totalmente o contrario do que esta ameba em forma de gente pregava pois, o dito era parlamentarista e defendia um governo do povo, pois bem, o governo do povo aumentou a quantidade e os valores dos impostos, aumentou a divida pública para bancar o FMI que ele tanto criticou, acabou com a tradição humanista da diplomacia brasileira ao devolver os cubanos a Cuba, (há alguém ai com capacidade moral para defender ainda este governo quanto a isso? Porque este mesmo governo não devolve logo o traficante colombiano preso no Brasil? Traficante internacional de drogas pode ficar aqui? É isso, presidente do povo?) E para engrandecer este desagravo público a este governo empedernido, cruel, demagogo e assassino dos direitos humanos, eu termino dizendo que o governo Lula é muito bom sim, ele é tão bom que agora, além de podermos relaxarmos e gozarmos, as entidades internacionais de combate a prostituição infantil estão na Internet divulgando números imensos de aumento do turismo sexual infantil no Brasil. esta forma de turismo, que diga-se de passagem não é mais combatida pelo atual governo, antes era muito grande no nordeste brasileiro e agora, ate em estados como Santa Catarina, Mato Grosso e Acre já há fortes traços deste câncer da sociedade brasileira.
Aos defensores do atual presidente apenas quero dizer que ao se deitarem na cama, que tentem se lembrar das promessas e dos sonhos que foram criados em sua cabeça pelos que ai estão a dizer que tudo está bem e se ainda assim vocês acharem que está certo este governo, bem, este país é uma democracia e devemos respeitar esta posição mas, que o futuro cobrará de todos nós, indiscriminadamente a falta de coragem de assumirmos nossos erros e tentarmos ainda em tempo hábil, corrigi-los.
Até a próxima se houver um amanhã.
PS - Lula, ainda estou esperando a cidadania alemã tá. Eu também quero um futuro melhor para minha filha e o que o seu marido, D. Mariza, o que ele está criando com certeza nem sequer chega perto daquela nação maravilhosa que ele tanto fez este povo acreditar de que um analfabeto e que pouco trabalhou na vida seria capaz de criar para o povo brasileiro.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Obrigado Lula!!!

Sergio Neumann
Obrigado Presidente Lula.
Agradeço de coração a Vsª. Exª. por ter se dedicado tanto nestes seus anos a frente do governo deste meu querido país, pois, eu nunca aprendi tanto, eu nunca recebi tanto de um único governo seja dos militares ou dos pós ditadura como o de Vsª. Exª. Passo aqui a listar tudo o que eu aprendi:
1 - Aprendi que politico que rouba é corrupto, rico que rouba é cleptomaníaco e pobre que rouba é LADRÃO.
2 - Absorvi um grande conhecimento na área da matemática quando vi que há mais números em nossa moeda. Eu e mais 80% dos brasileiros estamos muito acostumados a falar (quando se diz respeito a dinheiro) em no máximo a mil ou dois mil Reais e com os escândalos financeiros de vosso governo eu aprendi que há milhões também e quiçá biliões. Confesso que o Valério lá de Minas Gerais com aquele "Valerioduto" foi de grande ajuda para esta compreensão.
3 - Aprendi que uma forma de obtermos um pedacinho de terra para plantar e para colher, como diz aquela canção, é a de assumirmos agora que somos ""quilombolas". Eu sou, Presidente, eu sou um quilombola também e o quilombo de onde vem a minha família era ali no Leblon, na cidade do Rio de Janeiro, aquela área ali da Vieira Souto sabe?
4 - Vi Sr. Presidente, é, o Sr. me mostrou que eu sou racista Sr. Presidente. Sou um grande e horrível racista Sr. Presidente. Eu até o Sr. assumir esta presidência nem imaginava o tamanho de meu racismo e por isso, como eu não sabia que eu era racista, eu tinha vários amigos da raça negra, de cor, negros, e eles Sr. Presidente, eles frequentavam a minha casa, bebiam de minha bebida (as vezes até no meu próprio copo) e uns mais íntimos de minha amizade faziam uso até de algumas peças de minha roupa quando isto, por um ou outro motivo se fazia necessário. Mas agora, não, agora eu não sou mais racista Sr. Presidente. Eu não mais pratico estes atos de racismo sujo e cruel com estes seres humanos afro-brasileiros. Eu agora os chamo de Doutores e os trato com a dignidade imposta pela lei. Eu os chamo de Vsª. Exª. O Srº. ou Srª. e não mais permito que estes seres tão admoestados pela triste história brasileira sejam obrigados a sujarem seus corpos com minhas imundas camisas Yves Saint Lourent, não mais se sentem diminuídos ao se sentirem inferiorizados quando para me verem feliz e honrado, eles bebiam em meus copos os vinhos ou whisky escosês a que eu lhes implorava para tomarem. Eu agora os atendo no portão de minha casa para que eles não tenham que suportar o cheiro de minha casa.
5 - Aprendi que o que a minha mãe e meu pai me ensinou está completamente errado e que, agradeço a Deus por ter posto o Sr. onde está para que eu pudesse ver que eu estava errado. O certo não é ser honesto como eu era, o certo é ser corrupto, inadiplente, desonesto e que abraçar o negro e chama-lo de "Negão" enquanto ele está em um churrasco em sua casa e que este mesmo negro é o padrinho de sua filha loira de olhos azuis, isto é "Racismo". Obrigado Sr. Presidente pois eu não cometo mais aqueles atos erróneos e sujos que eu cometia. Muito agradecido, Vsª. Exª. me ensinou muito e pode ter certeza Sr. Presidente que muitos de nós brasileiros, burros e imbecis mas, que cometemos o ato perfeito de votar em sua pessoa, aprendemos muito com tudo isso que o Sr. nos mostrou e que ainda irá mostrar mais em seus anos de mandato que estão por vir.
Muito obrigado.
PS: Sua esposa conseguiu de uma maneira rápida a cidadania italiana para ela e para seus filhos. A minha avó paterna era alemã, dá para o Sr. dar uma forcinha na embaixada alemã para que eu consiga a cidadania daquele país? Se conseguir pode deixar que as passagens para eu e minha família eu pago com o dinheiro de meu próprio bolso!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Sergio Neumann

Atendendo a pedidos!
Foi grande o numero de e-mails que recebi perguntando o porque dos elogios a este ilustre senador, que de forma brilhante defende não somente o Estado do Amazonas, mas também o povo brasileiro e a raça humana. por este motivo, eu publico aqui, em sua total integra, o discurso de Sua Exª, o Senador Arthur Virgilio - PSDB/AM em defesa do direito democrático de asilo politico a dois cubanos cansados de viver sob o julgo de um dos mais antigos ditadores do mundo.

ARTHUR VIRGÍLIO QUER EXPLICAÇÃO PARA A DEPORTAÇÃO DOS CUBANOS!

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) –
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Senador José Agripino, de fato, manteve contatos comigo e com o Presidente do meu Partido, Senador Tasso Jereissati, a respeito dessa crise, por todos os títulos, lamentável, que envolve a instituição, a partir do fato que envolve o Presidente da Casa, Senador Renan Calheiros. Tomamos, o Senador Tasso Jereissati e eu, a providência imediata de convocar uma reunião de toda a Bancada do PSDB, que se dará amanhã, durante o almoço. Após esse fato, como é a praxe do Partido, eu me manifestarei da tribuna, livre e abertamente, para a Nação.
O fato é que, como está, não é possível que a situação perdure!
Não é mais possível.
Volto a dizer, pela milésima oitava vez, Senador João Tenório, que isso não é algo que me dê alegria, que isso não é algo que me traga felicidade, mas é uma constatação.
Eu gostaria de olhar pelo lado da simples e pura racionalidade, sem qualquer análise de caráter ético, olhando do ponto de vista objetivo, hell politics mesmo, procurando me colocar pelo ângulo de análise que pudesse fazer o Presidente Renan Calheiros. No começo, parecia que o Presidente Renan Calheiros teria possibilidades de manter o seu mandato a partir do momento em que se mantivesse na Presidência da Casa. Mas a sucessão de denúncias – agora, o Procurador-Geral da República, Antônio Fernando – e de fatos...
Eu não me refiro aos fatos que a revista Veja requentou, mas aos fatos novos que têm de ser explicados, sim, pelo Presidente da Casa. São fatos confirmados pelo Sr. João Lyra e têm de ser explicados pelo Presidente da Casa.Não é possível continuarmos assim. Se a todos esses fatos juntamos a obstinação com que reage à sugestão que temos feito de se afastar da Presidência da Casa o Senador Renan Calheiros, veremos que eles só têm contribuído para erodir a formidável base de apoio com que sempre contou no plenário da Casa, tanto que, há poucos meses, elegeu-se precisamente contra o Senador José Agripino, obtendo a larga maioria de 52 votos contra 38. Portanto, não sei se, do próprio ponto de vista do Senador Renan Calheiros, S. Exª leva vantagem mantendo-se na Presidência e vendo, a cada momento, erodir-se a sua base de apoio em plenário.Insisto que é muito mais justo para com a Nação, muito mais correto para a Constituição e até muito mais confortável para o Senador Renan Calheiros afastar-se, sim, da Presidência da Casa, deixar a investigação fluir completamente, defender-se dessas acusações todas com amplíssimo direito à defesa e, ao fim e ao cabo, esperar o veredicto do Conselho de Ética, primeiro, e do Plenário, em seguida. Não fazendo desse jeito, o Presidente Renan Calheiros pode, talvez não perceba, ver a sua base de apoio no plenário se erodir e, ao mesmo tempo, contribuir para mergulhar a Casa que preside num grave momento de crise.
É uma crise tão grave que, amanhã, terei uma conversa muito séria com a minha Bancada.Não adianto o que pretendo dizer, mas é de enorme preocupação o momento que vivo como homem público, por perceber o desgaste do Senado, que todos os dias sangra um pouquinho. Há dias que sangra mais, Há dias que sangra menos. Este é um País desafortunado, onde o escândalo próximo sempre sufoca um pouco ou muito o escândalo anterior, e logo em seguida vem um novo escândalo.Havia uma polvorosa: políticos estavam com seus corações palpitando, com medo da Operação Gautama. Não se fala mais em Operação Gautama.
Houve como que uma anistia aos apontados como corruptos em potencial na Operação Gautama. Não se fala mais nisso. Apareceu o caso a envolver o Presidente Renan Calheiros.Já aconteceu outro escândalo terrível, que envolve corrupção também, que é o escândalo da queda do avião.
E o Brasil é pródigo nisso.
Daqui a pouco aparece outro e depois mais outro e mais outro.
O fato é que sempre tem havido espaço para a crise do Senado, que passou ao largo da crise do mensalão, que passou ao largo da crise que, infelizmente, abateu, durante a segunda metade do primeiro Governo do Presidente Lula, por influxo do Executivo, a Câmara dos Deputados.
E o Senado, hoje, está em marcha batida para um processo de enorme desgaste, o que é lamentável.Então, Senador José Agripino, nós estaremos reunidos amanhã, nós, da Bancada do PSDB, a partir das 12h30min, após a reunião da Comissão de Assuntos Econômicos, para deliberarmos sobre a proposta feita por V. Exª, nós, que temos posição muito claramente firmada a respeito da inconveniência que se nos afigura como absolutamente inequívoca, a inconveniência de o Presidente Renan presidir um processo em que ele é o acusado principal, com fatos novos. Volto a dizer, isso não é bom para ele sequer, que nada ganha, tendo em vista a manutenção do seu mandato, presidindo esta Casa com os fatos se sucedendo do modo como estão. Não é bom para a Casa, não é bom para o Senado; portanto, não é bom para o País!
Está causando a todos nós um incômodo.E, por isso, quando digo, Sr. Presidente, que pretendo retornar à tribuna amanhã para falar em nome dos meus companheiros, com a legitimidade que tenho para isso, devo dizer que o Brasil está vivendo de maneira tão anormal, pois, primeiro, não era normal termos essa crise; segundo, não é normal que o Senador Heráclito Fortes tenha vindo à tribuna – e fez muito bem – para tocar em um tema que não pode passar longe da nossa preocupação e não tenha falado sobre esse assunto. Só a anormalidade do momento pode fazer com que muitos de nós nos desviemos disso, até porque precisamos nos desviar disso, porque não podemos fingir que não há uma crise envolvendo o Presidente do Senado.
O Brasil rasgou a melhor tradição da sua democracia com essa deportação sumária dos dois boxeadores cubanos. O Brasil tem a tradição de conceder asilo político a todos que o têm buscado em nosso território. O Brasil já abrigou até criminosos notórios, como o General Oviedo, e, mais do que ele, o generalíssimo Alfredo Stroessner, ditador do Paraguai.O Brasil nunca negou asilo político a ninguém. Estou pedindo a presença do Ministro da Justiça, na Comissão de Relações Exteriores, e do Ministro das Relações Exteriores, porque me parece muito estranho o que se passou na Polícia Federal: as declarações de que estiveram incomunicáveis os dois boxeadores. Segundo, a rapidez com que se processou tudo isso. Terceiro fato: sabemos que, não fora a notoriedade dos dois boxeadores, seriam eles talvez condenados à morte.
Já li que eles vão passar pelo que em Cuba chamam de “casa de Visita”. Casa de Visita é o quê? É prisão? É tortura? É tortura psicológica? É lavagem cerebral? O que é aquilo? Depois da Casa de Visita, vão prestar serviços ao esporte.
Serviços ao esporte, eles prestam lutando no ringue, eles prestam com liberdade, eles prestariam vivendo no País que quisessem. Qualquer ser humano tem o direito de viver no País que queira. Posso, amanhã, resolver não morar no Brasil mais.
É um direito meu. Posso morar em qualquer lugar do mundo.
Se eu quiser, é uma opção minha e só cabe a mim e a minha família decidirmos sobre o local onde minha família e eu vamos morar.
O Brasil não poderia participar desse colaboracionismo com um governo que não tem mais espaço nos quadros do século XXI. Não tem mais espaço.
Admiro-me muito de ver intelectuais brasileiros de prestígio justificando a condenação à morte, em rito sumário, de cinco jovens cubanos que queriam fugir para Miami.Não queriam enfrentar o regime. Queriam fugir para Miami. A polícia política vai e os retira da boca do tubarão na baía. Eles iam morrer. Aquelas jangadas não chegam até Miami. Aí o Brasil se omite diante disso, e intelectuais brasileiros assinam uma carta de apoio a isso.
Fico muito triste.
Vi outro dia esse colunista admirável que é o Veríssimo, filho do imortal, aí sim, do imortal Érico Veríssimo – se tivesse que recomendar ao filho diria que ele deveria olhar muito atentamente os Lírios do Campo – dizendo que não critica o governo Lula porque ele não quer fazer coro com os reacionários que combatem Lula. Meu Deus, estamos vivendo, na cabeça dessas pessoas, alguma coisa parecida com o poder soviético: manda para uma Sibéria hipotética aquele que não concorda com o pensamento oficial, com o pensamento dominante.
Isso não faz bem a ninguém, isso causa a decepção e não é esse o papel do intelectual. O papel do intelectual é discordar, o papel do intelectual é ser crítico, questionador o tempo todo. E há pessoas que são ditas como próximas do meu Partido que às vezes me causam, elas próprias, uma enorme preocupação. O jornalista e cientista político, homem brilhante, Reinaldo Azevedo, pode criticar o meu Partido como ele faz à vontade, e muita gente diz que ele é tucano e, portanto, muitas vezes dizem que ele procura criticar mais os nossos adversários...
(O Sr. Presidente faz soar a campainha)
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Já concluo, Sr. Presidente. Ele procura criticar os nossos adversários. Mas o Reinaldo Azevedo, outro dia, disse uma coisa que me estarreceu, Senador Papaléo. Ele escreve que o caminho da Oposição deveria ser esse, que esta Oposição está acostumada “a não seguir os meus conselhos”, algo assim.Gostaria de dizer para o prezado Reinaldo Azevedo, figura admirável – sou leitor de carteirinha dele – que não sou obrigado a segui-lo, como não sou obrigado a fingir que não leio e não li o que disse o Veríssimo: que não dá para se criticar o Lula sob pena de passarmos por reacionários.
Então, não se critica a corrupção porque tem gente de Direita criticando corrupção. E o Reinaldo Azevedo diz: “Olha, esse PSDB não segue o que digo”.
Ele precisa perceber que é muito bem-vindo o que ele nos diz de críticas e de palavras de apoio, mas nós não temos nenhuma obrigação de seguir o que diz o Sr. Reinaldo Azevedo.
Ele precisa compreender que, se eu não baixo a minha cabeça para essa figura de totem, para essa figura de ícone, que é o Veríssimo, eu também não baixo a minha cabeça para essa outra figura de totem e de ícone que ele é na intelectualidade brasileira.
Respeito a opinião de ambos, mas aqui estou a criticar os dois.
É deplorável o que aconteceu. O Brasil não poderia rasgar a melhor tradição de sua diplomacia, que foi nunca ter negado asilo político a quem precisou do Brasil. Os jovens que foram apanhados e chamados de traidores da pátria porque não querem morar em Cuba são obrigados a morar em Cuba. Que regime é esse! Outro dia, fui procurado por um diplomata cubano que me fez um convite para ir lá. E posso ir. Não muda a minha opinião. Já fui simpatizante do regime cubano. Não muda a minha opinião. Procurou-me com muita gentileza, deu-me um belíssimo charuto de presente. Converso com ele como converso com todo mundo.
Agora não posso imaginar que caiba, no Século XXI, um governo que não respeita minimamente os direitos humanos, um governo que considera crime alguém resolver não morar em território cubano, alguém que obriga aqueles descontentes aproveitarem uma competição esportiva para se desligarem da delegação cubana e procurarem seus caminhos de liberdade.
Disseram-me: “Ah, mas eles eram irresponsáveis”. Uma pessoa me disse isso em Manaus agora, porque que estavam em Cabo Frio com duas moças.
E digo: “Meu Deus, existe coisa melhor do que ir para Cabo Frio com duas moças?
São dois rapazes. Tem coisa melhor?
É melhor o quê: em Cabo Frio com duas moças ou em Cuba com Fidel Castro? O que é melhor? É uma questão de estética até, de bom gosto. É o mínimo. Os rapazes estavam tomando não era porre de cerveja, não; estavam tomando porre de liberdade. Estavam ali sem terem que prestar satisfações aos dictates de um governo que não tem feito outra coisa a não ser oprimir um povo que ganhou a luta pela revolução para libertar da corrupção e da tirania de Batista e depois acabou impondo valores semelhantes àqueles que eram legados pelos jovens que subiram para lutar em Sierra Maestra e depois desceram Sierra Maestra para dar um rumo novo para um país que precisava, sim, daquele idealismo que era tão apregoado – e no qual eu acreditava tanto.
O Brasil hoje a mim me envergonhou, a mim me causou profunda repulsa. Esse servilismo, essa história de ficar justificando...Vamos falar o português claro. Quando se trata de uma ditadura sanguinária de Direita, os nossos intelectuais ditos de Esquerda são absolutamente defensores dos direitos humanos; quando se trata de Fidel Castro, são reverentes, são bajulatórios até, são servis, baixam a cabeça, baixam a coluna vertebral.Então, para mim a ditadura e agressão aos direitos humanos pode ser praticada por alguém de Esquerda, por alguém de Direita, por alguém de Centro, por alguém de costas, por alguém de lado, por alguém de bruços, por alguém de barriga para cima, pode ser criticado por alguém de qualquer posição física, anatômica, fisiológica ou ideológica. Não me importa. Agressão a direitos humanos é agressão a direitos humanos, diz respeito à pessoa humana; tortura é tortura onde quer que ela se processe.
Não estou aqui para apadrinhar tortura, violência e opressão política, em nome, inclusive, de ideologias ultrapassadas. Não tem mais nada a explicar neste mundo dinâmico que nós estamos vivendo. Aquela conversa antiga “Ah porque o FMI atrapalhou o Brasil, porque o imperialismo Americano atrapalhou o Brasil” enfim... E por que Cuba não se desenvolveu, se Cuba estava livre do FMI, estava livre do imperialismo americano? Por que não se desenvolveu tão bem?
Mas sem dúvida que eu reconheço o direito de um povo de se autodeterminar. O que eu não reconheço é acharem que é normal obrigarem os dois rapazes a viverem, na melhor das hipóteses, embaixo de um regime com o qual eles não concordam, em condições de vida das quais eles discordam – na melhor das hipóteses, porque não sei o que irá acontecer com eles lá. O Senador Heráclito Fortes hoje lembrou, e me tocou muito, Olga Benário Prestes.
Como ditadura de esquerda se parece com ditadura de direita! Como ditadura se parece com ditadura! Como não dá para se fazer a distinção entre o que foi a ditadura sanguinária, perversa de Stalin e a ditadura sanguinária e perversa de Adolf Hitler! Qual é a diferença entre Stalin e Hitler? Para mim não é nenhuma.
Para mim, são dois inimigos da humanidade.
São inimigos da condição humana. Mas entregou-se, por intermédio das mãos criminosas de Filinto Müller, a mulher de Luís Carlos Prestes, Olga Benário, ao nazismo de Hitler. Hoje, estamos entregando os dois jovens campeões cubanos à ditadura sanguinária de Fidel Castro.
Eu não considero que tenha sido esse um momento brilhante da vida brasileira.O Sr Heráclito Fortes (DEM – PI) – V. Exª me permite um aparte?O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Permito. Quero apenas dizer a V. Exª uma coisa: quem não viu Olga, o filme baseado na biografia de Olga, escrito por Fernando Morais? Quem não viu? A filha de Prestes foi minha professora no Colégio Mello e Souza, no Rio de Janeiro. A diretora da minha escola – uma escola muito boa, que não existe mais, no Rio de Janeiro – era a professora Isa Marina de Melo Campos. Ela entendia que – e não havia nada de ideológico, não! – o mundo, cortado ao meio por aquela bipolarização Estados Unidos-União Soviética, impunha a quem quisesse se preparar para a vida aprender russo. Assim como eu recomendo a meus filhos hoje que aprendam chinês, que não deixem de aprender inglês e que não se descuidem de aprender espanhol. Filho meu diz: “Ah, mas italiano é tão bonito!” Eu digo: Mas aprenda espanhol que é mais útil para quem é brasileiro. Mas a minha diretora teve a preocupação de nos ensinar russo, e comecei a aprender russo. Lembro-me de algumas frases. Estava começando a ter um entendimento maior.
Minha professora era a filha de Luís Carlos Prestes. Eu me lembro dela com muito carinho.
Mas, de repente, se repete, em plena democracia, o gesto.E a entrega da vítima não é mais para o ditador de direita, mas para o ditador dito de esquerda. Não consigo fazer diferença.
Seis milhões de pequenos proprietários de terra foram assassinados friamente por Stalin, ele que matou até mais gente do que Hitler. Quarenta milhões de vítimas passaram por suas mãos saguinárias, sanguinolentas. Essas vítimas não são menos vítimas do que aqueles que foram trucidados nos campos de concentração, nos Auschwitzs da vida, pela ditadura de Adolf Hitler. Portanto, é um dia de luto para a diplomacia brasileira, é um dia de luto para a democracia brasileira.Sexta-feira percebi como eu estava alienado. Liguei para meu assessor de imprensa. Disse-lhe: "Ary, por favor, dê um jeito de soltar uma nota. Que publiquem ou não.
Sei que está tarde, que os jornais já estão fechados. Publique na Internet, jogue nos blogs. Que ninguém publique; não tem importância.
O importante é que é um documento que vai dizer que não estamos de acordo com isso". Naquele momento, eu tinha a esperança de que o Brasil concedesse asilo político e mantivesse aqui os boxeadores cubanos. Senador Papaléo, fui surpreendido depois com o fato de que, sumariamente, se consumou a deportação dos dois atletas.Senador Mão Santa, peço a V. Exª tolerância, porque quero dizer uma coisa. Em 1983 ou 1984, não sei, fui com o Senado Alvaro Dias, com o Deputado Hélio Duque, com o Deputado Roberto Freire, com o Deputado Sarney Filho, enfim, com uma delegação, com uma missão da ONU, a Cuba.
Vi coisas com as quais concordei, que batiam com a cabeça que eu tinha na época. Mas fui a uma escola que era dirigida por uma professora que tinha o autoritarismo no olhar. Olhei para ela e não gostei dela; ela olhou para mim e não gostou de mim. Foi desamor à primeira vista mesmo. Ela me disse que aquela escola que ela dirigia era a escola dos gênios; que as pessoas superdotadas intelectualmente iam para lá. Todo mundo fazendo perguntas, e ela dizendo que ali estavam os futuros atletas, os futuros cientistas, os futuros isso, os futuros aquilo.
E as crianças, todas elas, eram muito bonitas, porque muito bem alimentadas, muito treinadas fisicamente, muito fortes, quase que espartanos, quase que os 300 do rei Leônidas.
Em determinado momento, ela disse: “Eu concordo que se deva privilegiar os superdotados, sim; dar bom ensino para os normais, mas não prender os superdotados no nível dos normais, porque senão o Brasil não tem os seus Einsteins. Então, eu sou a favor disso”. Mas eu tinha acabado de levar, com os Deputados, um buquê de flores em homenagem aos mortos, Senador Mão Santa, na luta internacionalista pelo socialismo em Angola, em Moçambique, na Guiné Bissau.
Cuba mandava soldados para lá supostamente para defender a liberdade daqueles povos. Aí ela me disse algo que, na hora, me deu aquele prazer mesquinho de poder dizer: Puxa, eu sabia que ela não era coisa boa; agora vou poder dizer para ela que ela não é uma coisa boa. Ela disse assim: “E aqui temos tanto cuidado com o psicológico das nossas crianças que os professores e professoras são todos bonitos, todos fortes, todos saudáveis. Aqui não aceitamos aleijados”.
Eu disse: “Por favor, diretora, quero fazer uma pergunta para a senhora. A senhora disse o que eu ouvi, que a escola não aceita aleijados?” Ela disse: “Lógico que não aceitamos”. Eu disse: “Mas acabei de sair de uma cerimônia em que fui levar flores para o soldado internacionalista desconhecido. Cuba chama de heróis aqueles que lutam supostamente por liberdade na Guiné Bissau, em Moçambique e em Angola. Quem sai na chuva é para se molhar; quem vai a guerra mata, morre, sobrevive inteiro ou aleijado. Pergunto: um herói internacionalista desses não pode dar aula para as suas crianças? Ficou aleijado, não pode dar aulas para as suas crianças?” Ela disse: “O senhor é insolente”. Eu disse: “É verdade. A senhora me conhece há pouco tempo. Sou uma pessoa insolente mesmo. Fui muito malcriado pelo meu pai”. É um fato: insolente diante dos poderosos. Isso é algo que aprendi com o meu pai, em uma lição dada a ele pelo Senador Daniel Krieger: arrogante com os arrogantes e humilde com os humildes; arrogante com os poderosos e humildes com os humildes. Eu disse: “A senhora tem razão. Não vim aqui para concordar com a senhora. A senhora pensa o quê? Sou um Deputado brasileiro. Luto para acabar com uma ditadura que estamos conseguindo começar a derrotar no Brasil. Não vim aqui para ficar ouvindo, bebendo verdades inescapáveis da senhora. Estou espantado de a senhora me dizer que os heróis internacionalistas não podem dar aula para os seus alunos geniais se porventura esses heróis ficarem mutilados na luta por liberdade em Angola, em Moçambique, na Guiné Bissau! A senhora me dê licença, porque há um pôr-do-sol belíssimo, e vou aproveitar para dar uma corrida no Malecom. Não tenho que ficar aqui com a senhora. Desculpe-me”.
Fui embora.Isso ocorreu em 1983 ou 1984.
Não dá para fazer separação entre ditadura de esquerda e de ditadura de direita. É ditadura, e temos é de cuidar de preservar a democracia brasileira, inclusive condenando veementemente a fragilidade e a tibieza do Governo nesse episódio. Estou envergonhado de ser brasileiro neste momento.Concedo um aparte a V. Exª, Senador Heráclito.O Sr. Heráclito Fortes (DEM – PI) – Senador Arthur Virgílio, espere, que o Governo amanhã vai soltar notas, dizendo que o pedido de asilo não estava formalizado e coisas dessa natureza.
Com tudo isso, esses dois atletas, que não eram figuras comuns, eram figuras notórias porque estavam medalhados pelo Brasil, tinham, se comuns fossem, 30 dias para justificar a atitude e regularizar a situação no País. Aproveitou-se o fim de semana e a calada da noite para repetir o episódio da Olga Benário. Quero ver quem será o Filinto Müller de todo esse jogo sujo e nojento. Digo isso, Senador Arthur Virgílio, porque tenho a memória às vezes muito fraca, mas acho que V. Exª estava comigo na Academia de Tênis no lançamento do filme Olga, onde estavam o diretor, Jayme Monjardim, a Camila Morgado e mais alguns atores do filme.
E vi alguns petistas chorando, aos prantos, em solidariedade à dor que todos sentimos e que envergonha nossa História do episódio vivido pela Olga Benário. No dia seguinte, houve uma proposição aqui de se retirar inclusive o nome de Filinto Müller de uma das dependências do Senado Federal. Eu era membro da Mesa e, baseado em decisões anteriores, dei um parecer contrário. A medida era para evitar troca permanente de nome de qualquer dependência da Casa, e vinha sendo seguida há muito tempo. O assunto morreu. Está lá a Ala Filinto Müller.
Não tenho compromisso com Filinto Müller; V. Exª não tem compromisso com Filinto Müller.
Os responsáveis são os que tiveram a idéia de homenageá-lo. Não é o nosso caso. Porém, quero saber o que os petistas, Senador Eduardo Suplicy, vão fazer.
Que posição o PT vai tomar com relação à atitude do Governo de entregar, de mão beijada, os dois atletas cubanos ao regime de Fidel – crime, em democracia, mais grave do que o que ocorreu com Olga Benário? Com Olga Benário, vamos nos lembrar: houve processo, houve defesa. A justiça manipulada é outra coisa, mas prazo ocorreu. Nesse caso, não.
Em menos de uma semana, Senador Eduardo Suplicy, a sorte desses rapazes estava sacramentada.
É preciso saber quem foi Senador Suplicy, o Filinto Müller desse crime contra a liberdade no Brasil e os direitos humanos. Parabenizo V. Exª, Senador Arthur.O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Obrigado Senador Heráclito.
(Interrupção do som.)
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Antes de conceder apartes aos Senadores João Tenório e Papaléo, eu queria dizer algo a V. Exª – inclusive me ocorre um lapso, porque esqueço o nome dele; talvez o Senador Suplicy possa me socorrer: Cuba tem uma tradição no boxe amador fantástica.Há dois grandes nomes: um é deputado, naquele simulacro de Parlamento que existe lá. E é o nome dele que estou esquecendo. Isso é imperdoável.
O outro é Félix Savón. Mas o primeiro, cujo nome me esqueci, é mais importante. Ele era visto como alguém que, se fosse para os Estados Unidos e se profissionalizasse, teria de fazer um regime para ganhar peso e poderia enfrentar Muhammad Ali.
Era visto como o único boxeador talvez capaz de, tecnicamente, enfrentar, de igual para igual, Muhammad Ali. George Foreman o enfrentava na força bruta, e Joe Frazier, no fôlego.
Teófilo Stevenson; hoje, Deputado Teófilo Stevenson. Pois aquele boxeador de nome francês, que foi deportado, é uma glória para o esporte olímpico, à altura de Félix Savón e de Teófilo Stevenson, para ficarmos no boxe; e, se formos para o atletismo, de Javier Sotomayor.
Por tudo isso, é lamentável.Senador João Tenório.O Sr. João Tenório (PSDB – AL) – Senador Arthur Virgílio, V. Exª, talvez, tenha sido responsável por um dos mais brilhantes momentos que presenciei nesta Casa hoje à tarde. Não vou acrescentar nada ao seu pronunciamento, até porque não cabe, não há espaço para isso. Mas eu gostaria de dizer que V. Exª, com o brilhantismo que caracteriza seus pronunciamentos em geral e, particularmente hoje à tarde, conseguiu emocionar o País. Pelo menos me emocionou muito, porquanto demonstrou a quebra de uma das coisas mais importantes para o povo brasileiro, que é a solidariedade. Então, no momento em que o Governo brasileiro tomou a iniciativa de entregar ao Governo cubano dois jovens que tinham aspiração de buscar um ambiente de vida melhor, decepcionei-me.
O que é interessante, Senador, aproveitando a oportunidade, é notar que não existe a via contrária. Nunca ouvi dizer que alguém foi jogar futebol em Cuba e resolveu ficar lá ou coisa que o valha. Isso sempre acontece no sentido contrário. Gostaria apenas de registrar a emoção que sinto pelas suas palavras neste momento e tenho certeza de que V. Exª sensibiliza toda a Nação brasileira, porque mostra o constrangimento em relação a algo que é muito forte para o nosso povo: a solidariedade. Muito obrigado.O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Obrigado, Senador João Tenório. Veja V. Exª que não podemos aceitar como normal um cidadão ser visto como traidor porque diz: “Não quero morar neste País! Eu não quero morar neste País!” Se um brasileiro disser isso, ele pode ir embora. “Não quero morar neste País!” Ainda encontramos gente que vive sei lá em que década do século passado, talvez ainda nas décadas primeiras da primeira metade do século passado, que diz que não; que, em nome do ideal socialista, vale a pena tudo.Fui treinado para explicar que a invasão da Hungria tinha razão de ser porque defendia o ideal maior do socialismo. Isso foi um desrespeito brutal à autonomia de um povo.
Fui treinado para explicar que a Tchecoslováquia foi invadida porque havia um Governo que estava ameaçando o socialismo naquele País e que era, portanto, necessária a intervenção a favor da Tchecoslováquia, a favor do povo trabalhador, do proletariado da Tchecoslováquia pelas forças do Pacto de Varsóvia, liderado pela União Soviética.Meu Deus! Arrependo-me disso? Eu não me arrependo nem um pouco. Não me arrependo de nenhuma idéia a qual me dediquei com amor. Hoje, vejo com nitidez qual foi o resultado daquilo: passivo ideológico, fracasso econômico, erros de análise brutais. Perdura ainda – não podemos mais nem chamar Cuba de socialista – Cuba, sustentada pelo tresloucamento do quase ditador da Venezuela, que, praticamente, doa 100 mil barris de petróleo/dia para Cuba, nesse seu delírio de se transformar em suposta liderança sobre o Caribe, para tentar virar uma liderança latino-americana. Fracasso absoluto!Por outro lado, negaram tudo aquilo que parecia o mais essencial, que era o compromisso inarredável com a liberdade de se fazer arte, com a liberdade de se fazer arquitetura, com a liberdade de se fazer imprensa, com a liberdade de se fazer crítica. Não dá para continuar essa dicotomia. Critica-se quando a conveniência aponta que é para se criticar; faz-se vista grossa, como o Brasil tem feito nos foros internacionais, quando a conveniência aponta que é para se fazer vista grossa. Creio que, simplesmente, temos de partir de uma premissa bastante básica: quero saber quem vai me dizer – sinceramente, pode ser o compositor mais admirado, pode ser a figura mais sensível do País para algumas coisas –, em sã consciência, que o cidadão não tem o direito de morar onde quiser? Não tem o direito de morar onde quer; tem de morar lá. Fora isso, é traidor: traidor da Pátria, traidor do socialismo, traidor não sei de quê!O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – V. Exª me permite um aparte?O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Antes de V. Exª, o Senador Papaléo.O Sr. Papaléo Paes (PSDB – AP) – Senador Mão Santa, solicito a V. Exª que conceda tempo necessário ao Senador Arthur Virgílio.
(Interrupção do som.)
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) – O Senador Arthur Virgílio representa aqui o direito de liberdade de ir e vir, que deve ser salvaguardado, não por esta Casa, mas por todos aqueles que defendem a democracia.O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Obrigado, Sr. Presidente.O Sr. Papaléo Paes (PSDB – AP) – Fiz esta solicitação para ter a honra de fazer um aparte no pronunciamento do Senador Arthur Virgílio, que faz com que o PSDB se torne nesta Casa um Partido como é, grandioso, pela sua Liderança. Parabenizo-o. V. Exª faz uso da tribuna há cerca de 30 minutos e, logicamente, abordou diversos assuntos importantes, como a questão política e regimental deste País. O ponto que mais nos constrange na atitude do Governo brasileiro é exatamente a deportação desses dois cidadãos cubanos, atletas, que, logicamente, já fizeram muita propaganda para Cuba, mas que, estafados do regime cubano, resolveram ficar no Brasil. Lamentamos muito a decisão do Governo brasileiro e não conseguimos entender por que o governo petista, um governo que sempre considerou a democracia a salvação de um país, no caso do Brasil, agiu desta maneira. Por que essa subserviência ao governo cubano? Não entendemos também.
Talvez, muitos ultrapassados petistas ainda tenham o modelo idealpara sua ideologia, o regime cubano, que é realmente um fracasso. Se existe um modelo de fracasso para o regime de um país, é o fracasso do Governo cubano. Aliás, aproveito para perguntar ao Senador Eduardo Suplicy, que já foi questionado pelo Senador Heráclito Fortes, como S. Exª explica essa situação. O Presidente da República pode até fazer isso, mas como se explica o Partido dos Trabalhadores não reagir contra essa atitude escabrosa que nos envergonha, fazendo com que esses dois atletas, que decidiram ficar no Brasil, pois não querem mais morar em Cuba, sejam obrigados a voltar para Cuba, correndo o risco de serem fuzilados ou enforcados – sei lá o que eles fazem lá para punir quem não quer mais morar lá? Senador Arthur Virgílio, isso nos envergonha. Temos de reagir e de mostrar ao Governo brasileiro que nós, por uma atitude governamental, estamos passando vexame, por nos apresentarmos como detentores de um regime democrático. Muito obrigado, Senador Arthur Virgílio.O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Obrigado, Senador Papaléo Paes.Antes de conceder o aparte ao Senador Eduardo Suplicy, volto a fazer essa pergunta, batendo nessa tecla. Por exemplo, amanhã, resolvo renunciar ao meu mandato e, se minha família concordar, vamos morar eu, minha mulher e meus filhos em Havana. Por que o contrário não pode acontecer? Outro exemplo: quero morar na Índia. É um direito meu. Não completo minha vida sem morar na Índia. Ou não completo minha vida sem morar em Bali – o Senador Heráclito Fortes diz que, para Bali, iria comigo. Ou não completo minha vida sem morar em qualquer outro lugar! Onde está o crime em alguém dizer “eu não quero morar em Cuba”? Onde está o crime? Traidor da pátria! Eu não agüento essa conversa. Sinceramente, isso é conversa para boi dormir e para desmoralizar intelectual que ainda ouse assinar manifesto de apoio a essas agressões infames aos direitos da pessoa. Envergonharam-me os que assinaram o manifesto, justificando o assassinato – porque o nome daquilo é assassinato –, a sangue frio, daqueles cinco rapazes que queriam ir para Miami, mas foram apanhados no meio do caminho e, de volta a Cuba, foram fuzilados. Por quê? Nem conspiradores contra o regime eram. Eles queriam fugir dali, eles queriam sair dali. Não! Você não pode nem fugir daqui. Você tem de voltar para cá, e, chegando aqui, eu te fuzilo!Senador Suplicy, tenho certeza de que, pelo seu passado humanista, pela sua convicção democrática, V. Exª está, pelo menos, tão revoltado com isso quanto eu.Concedo o aparte a V. Exª.O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Senador Arthur Virgílio, ontem, quando li o artigo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicado no jornal O Globo, sobre a visita que o Presidente Lula realizará nesta semana ao México e aos países da América Central, animei-me bastante, especialmente com uma passagem que, inclusive, estou disposto a registrar e a comentar hoje e que se refere ao tema que V. Exª aborda. Vou ler três breves frases desse artigo.“Por isso [diz o Presidente Lula] tenho defendido a construção, na América do Sul, de um espaço economicamente integrado, socialmente solidário e politicamente democrático. São esses mesmos valores que me fizeram incluir também a América Central e o Caribe nesta minha viagem. Sei que o México vem desenvolvendo projeto de integração com seus vizinhos na fronteira sul, com ênfase na construção de uma infra-estrutura física.” E aí o ponto que está mais relacionado ao nosso diálogo. “Em nosso continente [diz o Presidente Lula] não precisamos de muros, precisamos de estradas, pontes, gasodutos e linhas de transmissão. A verdadeira integração faz circular livremente não apenas mercadorias e serviços, mas também pessoas e idéias.” O Presidente Heráclito Fortes, da Comissão de Relações Exteriores, e V. Exª mesmo, certamente, muita vezes, me têm ouvido falar aqui e na Comissão de Relações Exteriores que avalio como da maior importância que a integração do nosso continente, do Mercosul, da América do Sul, da América Latina e das três Américas seja vista sempre não apenas do ponto de vista do interesse do capital que deseja a livre circulação dos fluxos financeiros, dos bens e serviços, mas sobretudo do que é mais importante, dos seres humanos. Estou de pleno acordo quando V. Exª diz que deveremos procurar assegurar a cada cidadão das nações, do Alasca à Patagônia, dos Estados Unidos à Argentina, inclusive de Cuba, do México, do Brasil, da Argentina, da Bolívia, da Venezuela, de onde for, a livre circulação. Precisamos caminhar na direção de se assegurar essa livre circulação. Só então haverá plena integração. V. Exª conhece muito bem a história da União Européia, o seu início, logo após a Segunda Grande Guerra, com a Comunidade Européia do Carvão e do Aço, com o Mercado Comum Europeu, com a comunidade de livre comércio das nações mais ao norte, quando, pouco a pouco, foi-se criando o Banco Europeu, o Euro, a livre movimentação das pessoas. E, hoje, diferentemente do que ocorria há 30, 40 anos, os gregos, os espanhóis, os portugueses, se o desejarem, podem, conforme V. Exª disse, viver, trabalhar e estudar ali na Itália, na França, na Alemanha, nos países mais desenvolvidos! E a integração está sendo de tal ordem, que, atualmente, contrariamente do que ocorria há 30, 40 anos, quando os portugueses, espanhóis e outros saíam de seus países com economia mais fraca e sem tantas oportunidades de emprego, a situação é tal que esses mesmos povos, graças ao bom resultado da integração decorrente dessa livre circulação, não apenas de bens, serviços e capitais, mas dos seres humanos, podem escolher onde viver, trabalhar e estudar. Então, é preciso que digamos também ao Governo do Presidente Fidel Castro, de Cuba, que queremos a real integração. V. Exª sabe que tenho sido muito favorável, algo que reitero, a que o Governo dos Estados Unidos termine com o bloqueio que não permite que as empresas norte-americanas possam vender bens e serviços a Cuba. Tenho...
(Interrupção do som.)
O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Sr. Presidente, peço mais uns minutos porque se instalou um debate...O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) – Quarenta e sete minutos foram usados, Senador Arthur Virgílio. Vou conceder-lhe mais três minutos, e foram os 50 minutos mais bem gastos pela liberdade democrática.O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – V. Exª foi generoso, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) – Pela auto-afirmação deste País, generoso em receber todos. Lembro que viveu aqui até o assaltante do trem pagador, Ronald Biggs, traduzindo uma política de relações deste País.O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Pois bem. Acho importante que digamos ao Governo do Presidente George Walker Bush, que também não permite hoje a livre circulação de pessoas, inclusive vem construindo um muro, que Thomas Paine diria que contraria inteiramente o bom senso, e que possamos conclamá-lo a acabar com o bloqueio, porque tenho certeza de que isso ajudará no processo de democratização de Cuba.
No que diz respeito ao episódio dos lutadores cubanos, também fiquei muito preocupado quando soube que os campeões Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, de 26 e 24 anos, haviam abandonado a delegação de seu País e estavam como que desaparecidos. Acompanhei o noticiário dizendo que um empresário alemão os havia persuadido de alguma forma – não sei os detalhes –, utilizando-se de métodos que precisam ser mais bem conhecidos. Fiquei extremamente preocupado quando vi a notícia de que estariam detidos e que estavam para ser encaminhados ao seu País antes mesmo de haver um melhor esclarecimento de tudo. Gostaria de ter visto a entrevista de ambos, em total liberdade, para a imprensa brasileira. Estranhei que não tivessem dado declarações. Acho que isso precisa ser objeto de um melhor esclarecimento. Acho importante que o Presidente Fidel Castro tenha publicado, em carta ou artigo, uma declaração firme, dizendo que de maneira alguma esses pugilistas serão objeto de qualquer punição e muito menos serão presos em Cuba. Acho importante que possamos assegurar que esses dois pugilistas que vieram ao Brasil representar seu país no Pan, que tiveram a possibilidade de se tornarem exímios pugilistas...
(Interrupção do som.)
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) – Caro Suplicy, acabou o seu tempo, vamos passar para o.. Eu o inscrevo aqui, e V. Exª será chamado.O Sr. Heráclito Fortes (DEM – PI) – Senador Mão Santa, diante do espírito democrático e a importância desse assunto, vamos deixar que o Senador Suplicy exerça o seu poder de síntese e explique, porque isso é muito importante. Aliás, é o único petista aqui na Casa. Tivemos presente o Senador Paim rapidamente, e agora o Senador Eduardo Suplicy, que é um peregrino da democracia pelo mundo inteiro. De forma que estou ouvindo com muita atenção e acho da maior importância o que está dizendo o Senador Eduardo Suplicy. Rogo a paciência de V. Exª.O Sr. Papaléo Paes (PSDB – AP) – Senador Mão Santa, também apelo a V. Exª para que dê a oportunidade ao Senador Eduardo Suplicy de, brevemente, dar a resposta que o Senador Arthur Virgílio solicitou.O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Se o Senador Marcelo Crivella pudesse brevemente externar a sua opinião, seria muito honroso para mim.O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Se me permite então, Presidente Mão Santa...O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) – Eu permito. Agora, é o representante aqui, o pastor de Deus que quer falar.O Sr. Marcelo Crivella (Bloco/PRB – RJ) – Eu aguardarei, Sr. Presidente.O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Quero transmitir a V. Exª, Senador Arthur Virgílio - que aqui expressa também a vontade de que todos tenhamos direito a livre movimento em nosso continente e nas três Américas -, que espero que possamos melhor esclarecer este ponto. Inclusive, quando estava vindo do aeroporto e ouvi pela Rádio Senado o pronunciamento de V. Exª, de pronto telefonei ao Ministro interino, Samuel Pinheiro Guimarães, que estava em reunião, e pedi que possa dar esclarecimentos mais completos, se possível ainda nesta tarde, sobre o que realmente aconteceu. Embora tenha sido dito, pela autoridade policial e por aqueles que os conduziram até o hotel, que eles voluntariamente disseram que desejavam voltar para Cuba, que haja uma melhor explicação. Gostaria de ver essa declaração sendo efetivamente feita, quem a ouviu, quais foram as pessoas presentes e em que circunstâncias. E acho que esse episódio poderá contribuir para que venhamos a dizer, com muita firmeza, ao Presidente hoje licenciado Fidel Castro que é preciso – e queremos colaborar – que Cuba dê total liberdade aos seres humanos de ir e vir. Assim como também gostaria que o Governo dos Estados Unidos, Poder Executivo e Congresso Nacional, viesse logo a terminar com aquele muro que separa os Estados Unidos do México, que faz lembrar o muro de Berlim; no paralelo 38, o muro que separa a Coréia do Norte da Coréia do Sul; o muro que separa Israel da Cisjordânia, apesar de o Presidente George Bush ter sugerido ao Governo de Israel que não construísse aquele muro. Além desses, também o muro que separa os Estados Unidos do México e do restante da América Latina, de maneira consistente como V. Exª defende, precisa ser terminado.O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Senador Eduardo Suplicy, V. Exª sabe da admiração que tenho por V. Exª. E vou aqui, Sr. Presidente, fazer uma confissão à Casa e à Nação: tolo é quem subestima a habilidade política de V. Exª. Não é à toa que V. Exª construiu a carreira tão vitoriosa com essa marca inédita em São Paulo de três mandatos seguidos de Senador da República. Isso em São Paulo é inédito. Ninguém logrou obter essa façanha.V. Exª, que é o humanista que eu conheço, usou de um tão brilhante contorcionismo verbal que eu comecei a achar que quem tem que tomar cuidado com V. Exª é o meu amigo Chanceler Celso Amorim, que está com o cargo dele ameaçado, porque V. Exª é mais hábil que ele, e ele é muito hábil. V. Exª conseguiu não dizer e conseguiu, ao mesmo tempo, manter a simpatia e o respeito que sempre mereceu de mim.Serei bastante objetivo na resposta para V. Exª. Vou começar aqui pelo fim: V. Exª diz que a notícia é que os rapazes saíram voluntariamente daqui; quem conhece o histórico deles sabe que eles foram muito mais de bater na cabeça dos outros do que apanhar na cabeça. Então, não tinham nenhuma avaria cerebral, voluntariamente não iriam. Não estariam presos lá?Vamos agora para o jargão do qual eu estou – eu não queria usar a palavra –, eu estou com aquilo cheio desse jargão. Não é prisão! Segundo a ditadura cubana, eles estão na “casa de visitação” – o que quer dizer isso não me pergunte, eu não sei. Depois terão que prestar – eles, que, pela magnanimidade do Comandante, não serão condenados à morte e, segundo o Comandante, também não serão presos perpetuamente – serviços ao esporte.
Fidel Castro é um enfermo mental, porque serviços ao esporte eles prestam lutando por medalhas nos ringues das competições Pan-Americanas, Olímpicas e Mundiais. Eles não têm de prestar serviços recebendo lavagem cerebral, e serviços como se fossem alguém que, por uma multa em trânsito, tem de lavar a privada do Asilo Dr. Thomas, em Manaus. Eles prestam serviço ao esporte lutando, e eles devem ter o direito de lutar onde eles queiram.A minha amiga Maureen Maggi, se quiser competir na Argentina, vai embora para a Argentina amanhã. Meu amigo Oscar, ele pode sair daqui – e já fez isso quando foi jogar na Itália. Amanhã, o Giba tem um contrato não sei com quem... Ronaldinho Gaúcho está jogando na... Lá não pode! Senador Suplicy, lá não pode!Isso mostra o caráter doentio de um governo que, se fosse suspenso o bloqueio, esse regime, Senador Mário Couto, não agüentaria seis meses na convivência com a parte moderna do mundo. Mas V. Exª sabe, até porque foi o meu parceiro em muitas lutas; V. Exª sabe, porque V. Exª e eu – e o Senador Heráclito – ajudamos muito um colega nosso, muito querido, Márcio Santilli, que foi o grande artífice, na Comissão de Relações Exteriores, na luta pelo reatamento de relações com Cuba. Fui a favor e não me arrependo. Lutei muito por aquilo. Como entendo que foi acertada a posição do Chanceler San Tiago Dantas, abstendo-se, corajosamente, naquela conferência de Punta del Este, quando os Estados Unidos propuseram a exclusão de Cuba do sistema interamericano. Nunca fui a favor dessa segregação.Agora, vamos estabelecer... E V. Exª falou em Bush, é uma coisa meio pavloviana, ou seja, não dá para falar mal de Fidel Castro sem se falar mal de Bush. Isso me parece uma coisa um pouco do PT.
Então, eu vou dizer o que eu penso de Bush.
O Presidente Bush é um desastre! É um desastre estratégico!
Clinton colocou no jardim da Casa Branca Isaac Rabin, Yasser Arafat, os radicais israelenses, os radicais palestinos. A falta de lucidez política do Presidente Bush fez todas essas tratativas voltarem à estaca zero e prevaleceu o terror. A intervenção no Iraque não foi por outra razão que não a econômica. O Presidente Bush queria assenhorear-se de reservas que lhe garantissem petróleo barato de outros países. O petróleo visado era o do Iraque. Conseguiu interromper a produção de petróleo do Iraque. É por essas razões e por outras que o barril tipo Brent, hoje, custa US$60,00, o bastante para sustentar o desvario do candidato a ditador da Venezuela, Hugo Chávez. Considero o Presidente Bush um desastre sob o ponto de vista da paz mundial, da condução econômica dos Estados Unidos.O Sr. Marco Maciel (PFL – PE) – Mas Senador Arthur Virgílio, o Senador Suplicy é tão competente que conseguiu não falar mal de Fidel Castro e ainda pôs V. Exª para falar mal de Bush.O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – É verdade. E eu não tenho por que defender o Presidente Bush, até porque entendo que ele é um desastre mesmo. Vai deixar uma marca pequena na história americana. Considero que o grande estadista da segunda metade do século XX, acima de Kennedy, foi o Presidente Bill Clinton. A história vai fazer justiça a ele.O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) – Senador Arthur Virgílio, todos nós temos um ícone. Sei que o de V. Exª foi o melhor: o senhor seu pai, um líder aguerrido da Oposição. O meu é Petrônio Portella.Paulo Brossard falava dessa tribuna três horas e trinta minutos. E foram necessárias para a recuperação da democracia. Aí o Petrônio estipulou o limite para ele de uma hora, V. Exª está há uma hora.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) – Desculpe, eu vou encerrar.
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) – E quero ficar fiel àquele Líder do Piauí que concedeu uma hora. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) – Vou ouvir o Senador Crivella. Mas, Senador Crivella, só para concluir em relação ao Senador Suplicy vou dizer uma coisa. O bloqueio, sou a favor de que se suspenda o bloqueio, sim, aquele regime não resiste a seis meses sem o bloqueio. Sobreviveu aquele fracasso, aquele fracasso administrativo sobreviveu com os rublos da União Soviética e sobrevive hoje com o peso venezuelano, com os petrodólares venezuelanos. Não sobrevive, não tem a menor capacidade de auto-sustentação.
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) – E apelando para o ícone nosso, Cristo: Ele fez o Pai Nosso em um minuto. Todo mundo ficou satisfeito. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) – É verdade. Eu concluirei, Sr. Presidente, vou concluir.V. Exª, Senador Suplicy, faz aqui uma comparação que também julgo que mereça reparos. O Mercado Comum Europeu se implantou em um processo que levou cinco décadas para se tornar União Européia, mas uma das questões fundamentais era a democracia, ou seja, o Portugal salazarista, a Espanha franquista não fariam parte jamais da União Européia, é por isso que eu não poderia nunca imaginar como correta a admissão no Mercosul da ditadura que se instala pouco a pouco na Venezuela sob o comando do coronel Chávez. O pressuposto do MCE, do Mercado Comum Europeu, era a adesão à cláusula democrática. Cuba não tem absolutamente, sob Fidel ou sob Raúl Castro, a menor perspectiva de se tornar uma nação democrática. Mas queria parabenizar V. Exª e dizer ao meu amigo, meu amigo o Chanceler Celso Henrique Amorim que V. Exª está ameaçando...
(interrupção do som)
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) – Senador Arthur Virgílio, o que sei de Itamaraty eu aprendi com V. Exª, daqui a pouco sou eu que vou ter um lugar lá no Itamaraty.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Senador Crivella, para encerrar, realmente.
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) – Porque quero passar a palavra ao orador inscrito.
O Sr. Marcelo Crivella (Bloco/PRB – RJ) – Sr. Presidente, não vou...
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) – V. Exª está inscrito.O Sr. Marcelo Crivella (Bloco/PRB – RJ) – Estou inscrito, mas não passo de...
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) – Olha a bandeira, Crivella: Ordem e Progresso. V. Exª está inscrito, e o Senador Colombo está aguardando pacientemente. Senador Arthur Virgílio, eu gostaria de ouvi-lo, mas a inscrição “Ordem e Progresso” na bandeira nos faz lembrar o Regimento.O Sr. Marcelo Crivella (Bloco/PRB – RJ) – Sr. Presidente, apenas quero lembrar ao Senador Arthur Virgílio que, às vezes, realmente fico de certa forma constrangido ao ver como os meus companheiros, sobretudo da Base do Governo, não conseguem ser claros em relação a um regime autoritário que freqüentemente se extravasa, com derramamento de sangue. Quero acrescentar ao brilhante pronunciamento de V. Exª algo que vi nos Estados Unidos e que me tocou profundamente.
(Interrupção do som.)
O Sr. Marcelo Crivella (Bloco/PRB - RJ) – Os imigrantes cubanos ilegais, quando cometem algum delito, são presos. Encontrei um homem em uma prisão do Arizona que havia sido condenado, cumpriu a pena, e os americanos queriam extraditá-lo. Não havia mais interesse de ficar com ele lá. Mas Cuba não o aceitava de volta. Portanto, esse senhor estava condenado à prisão perpétua. Vai morrer na cadeia. O que farão as entidades de defesa dos direitos humanos? Cuba não ouve nenhum apelo. Eu e o Senador Hélio Costa, atual Ministro das Comunicações, ficamos comovidos e fizemos apelos. Nada adiantou. Esse regime que precisa ser execrado pelo mundo livre, pelos cristãos, pelos não-cristãos, pelos que respeitam a liberdade, é seguramente a maior afronta à liberdade dos homens no mundo atual. Parabenizo V. Exª.O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Encerro, Sr. Presidente, agradecendo ao Senador Marcelo Crivella. E solicito apenas meio minuto para dizer apenas o seguinte: há gente que se enche de indignação – e justa indignação – ao condenar as atrocidades de Pol Pot ou do atual ditador da Coréia do Norte, e eu condeno essas atrocidades todas. E há gente que não consegue condenar as atrocidades do regime cubano. Eu condeno por entender que não há diferença alguma entre ditadura de cor nenhuma em relação a ditadura de cor qualquer. Não sei, precisaríamos fazer aquele laboratório do sono. Minha intuição é de que estou dormindo melhor do que as pessoas que fazem essa seletividade, condenando convenientemente e fechando os olhos quando seus tabus ideológicos lhes ordenam fechar os olhos. Direitos humanos, para mim, é uma questão fundamental. Agressão não pode ser feita, parta de onde partir, venha de onde vier.
O repúdio tem de ser imediato, ou nós não merecemos a democracia por que tanto lutamos para ver erigida neste País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
Era o que tinha a dizer.